A conquista do piso nacional pelos profissionais de enfermagem – o PL foi aprovado nesta quarta-feira, 4, pela Câmara dos Deputados –, é uma importante vitória da categoria depois de 30 anos de muita luta dos profissionais e seus sindicatos, em todo o país. Mas, não se aplica aos trabalhadores da área que fazem parte do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE).
“Nós já temos piso. A tabela do PCCTAE abaixo mostra que enfermeiros (as), técnicos e auxiliares de enfermagem estão agrupados no grupo E (nível superior) — sem incentivo à qualificação e capacitação, e tempo de serviço –, cujo salário inicial em 2017, último ano que tivemos reajuste, era R$ 4.100,00”, explica a coordenadora-geral do Sintufrj, Gerly Miceli, técnica em enfermagem do IPPMG (Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira).
“Somos técnico-administrativos em educação, temos 301 cargos agrupados em níveis de classificação superior, mas essa conquista é muito importante para todos nós da enfermagem na UFRJ”.
“Uma vitória mais que justa e que vai pôr fim a bandalheira de prefeitos e governadores acostumados a pagar o que bem quisessem aos enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. Houve um tempo, inclusive, que esses profissionais no Rio de Janeiro recebiam complementação salarial porque ganhavam menos que um salário-mínimo mensal. Também impedirá que os empresários de saúde explorem essa mão de obra tão essencial à sociedade”, destacou Gerly.
Foram três décadas de mobilizações e lutas até a conquista do piso nacional – espera-se que o governo Bolsonaro sancione a lei e admita que há recursos para pagar os profissionais.