Sintufrj convoca assembleia para o dia 9 e mobiliza para manifestações no 11 de agosto
O Conselho Universitário da UFRJ aprovou moção proposta pelo Formas de apoio à mobilização nacional em defesa do orçamento da universidade e pelo Fora Bolsonaro. O documento aprovado na sessão do colegiado máximo desta quinta-feira (28) defende os direitos sociais, denuncia a violência, o desemprego e a fome. O Formas reúne das entidades representativas que atuam na UFRJ, entre as quais o Sintufrj.
Ficou acertado também que na quinta-feira, dia 11 de agosto, quando o país vai parar para uma manifestação gigante contra a tentativa de golpe do fascismo, o Conselho Universitária fará uma reunião extraordinária. Neste dia 11, as ruas do Centro do Rio vão se encher de manifestantes ecoando o movimento nacional.
Dois dias antes, na terça-feira, 9 de agosto, às 10h., o Sintufrj realiza assembleia geral para discutir cortes e a mobilização pela democracia e por eleições livres.
CONFIRA, AQUI, TEXTO DA MOÇÃO
Moção de apoio do CONSUNI à mobilização nacional em defesa da democracia e do orçamento da Universidade, pelo Fora Bolsonaro e por eleições livres: por direitos sociais, contra a violência, o desemprego e a fome.
Foi convocada nacionalmente, após aprovação no 28o Congresso Nacional de Pós-graduandos da ANPG e no 68º Conselho Nacional de Entidades Gerais da UNE, a partir da Coordenação da Campanha Fora Bolsonaro, composta por movimentos populares, estudantis, sindicais e partidos políticos, uma mobilização nacional para o próximo dia 11 de agosto em defesa da democracia e por eleições livres.
As entidades de representação das categorias acadêmicas da UFRJ compõem esse movimento e incluíram ao chamado a defesa das Universidades Públicas, em especial da nossa UFRJ, destacando a centralidade da recomposição orçamentária para a construção da luta em defesa da democracia.
Existe uma escalada autoritária e golpista em curso, e um profundo corte orçamentário contra aquelas que o governo federal considera umas das suas principais inimigas: as Universidades. A UFRJ, por exemplo, iniciou o ano de 2022 com um orçamento de R$329 milhões, valor que já significava a impossibilidade da Universidade finalizar o ano garantindo o seu pleno funcionamento. Com os novos cortes impostos em maio, que retiram mais 1,6 bilhão do orçamento das Universidades e Instituições Públicas de Ensino, isso representa uma diminuição de mais de 7% da verba da UFRJ, que agora se encontra em um cenário de não ter condições orçamentárias para o pleno funcionamento já no início do próximo semestre letivo.
Todos os segmentos da Universidade e todos os setores da sociedade brasileira comprometidos com a democracia e com a luta por direitos sociais, com a educação, contra violência, a destruição do meio ambiente, o desemprego e a fome tem o dever de não silenciar.
A escolha do dia 11 de agosto é emblemática: o dia do estudante marca historicamente um dia de luta a partir dos sonhos que movem a Universidade, assim como das pautas estudantis em busca de um Ensino Superior cada vez mais democrático, acessível e inclusivo. Isso fortalece a necessidade do nossa contundente defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade, que busca ser socialmente referenciada; afinal, são as e os estudantes que dão sentido ao futuro da Universidade.
Não temos prazo de validade. Nossa função social do ensino, da pesquisa, da extensão; nossa função social de de defender um futuro melhor não pode ter data para fechar a partir da decisão daqueles que ignoram nossa importância para a sociedade, que insistem em difundir negacionismos de toda ordem e que querem avançar no projeto de desmonte das Universidades Públicas.
A nossa centenária UFRJ merece respeito!
Por isso, o Conselho Universitário da UFRJ apoia as mobilizações que ocorrerão no dia 11 de agosto em todo o país.