Orçamento de 2023 é muito menor do que UFRJ precisa

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Se nada mudar, 2023 será ano de muitos desafios “com reais riscos ao funcionamento básico da instituição”, segundo a Reitoria.

O Conselho Universitário aprovou, nesta quinta-feira, dia 22,  a proposta Orçamentária da UFRJ para 2023. Sem que o Orçamento Geral da União para 2023 ainda tivesse sido apreciado pelo Congresso Nacional (o que estava previsto para este mesmo dia), os valores tiveram como base o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), ou seja, pode haver alterações.

A proposta foi apresentada pelo pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças Eduardo Raupp. Ele explicou que o valor total da LOA do ano de 2023, o que inclui despesas obrigatórias (pessoal) e discricionárias, é de R$ 3.920.466.260,00; R$ 10 milhões a menos que 2022.Nas despesas discricionárias houve uma redução de R$ 8.117.399,00. Foi de R$ 329.290.643,00 em 2022 para R$ 321.173.44,00 em 2023. Só que as necessidades da UFRJ para 2023 somam R$450.929.619.

Segundo o pró-reitor de Planejamento, Desenvolvimento e Finanças Eduardo Raupp, a maior preocupação é com a redução significativa dos créditos orçamentários discricionários que atende despesas com manutenção básica. O orçamento não será suficiente para atender as despesas básicas. E, considerando as restrições orçamentárias de 2022, com cortes e bloqueios (o que fará com que parte das despesas deste exercício sejam arcadas com o orçamento de 2023), já se prevê que o orçamento será insuficiente para atender as despesas.

O déficit que a UFRJ vai carregar deste para o próximo ano é de R$94 milhões.

Ainda havia a expectativa de , com a aprovação da Lei Orçamentária, o pleito das instituições de recomposição orçamentária aos moldes de 2019, o orçamento saltar para R$ 458 milhões. Ainda assim, isso era apenas uma sinalização política. Isso equilibraria as contas . Porém, mesmo com a perspectiva otimista, 2023 seria um ano de equilíbrio, não de expansão. Mesmo assim, um cenário muito melhor do que está posto, R$130 aquém das necessidades da UFRJ, sem ter mais onde cortar.

“A gente aguarda com otimismo moderado em função destas promessas de recomposição”, diz Raupp.

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