Servidores e estudantes ocupam as ruas do Rio

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“Da minha bolsa não abro mão, eu quero ver o Bolsonaro na prisão”. Esta foi uma das palavras de ordem dos estudantes no ato contra os bloqueios e cortes orçamentários promovidos pelo governo Bolsonaro contra as universidades federais, que reuniu centenas de estudantes, técnicos-administrativos e professoresno Centro do Rio de Janeiro, nesta quinta-feira, 7.

A mobilização para a manifestação foi organizada pelo Formas (Fórum de Mobilização e Ação Solidária) — que reúne as entidades da UFRJ como o Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata, Associação dos Pós-Graduandos e Associação dos Terceirizados, e iniciada com a concentração no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS), por volta das 15h.

Os presentes realizaram uma plenária e os representantes das entidades das comunidades universitárias da UFRJ, UFF, Unirio e UERJdenunciaram a paralisação de serviços eobras, o não pagamento das bolsas estudantis, aos residentes das unidades de saúde e os salários dos trabalhadores terceirizados.

“Esse é um governo de morte e crueldade”, classificou uma das coordenadoras-gerais do Sintufrj Marta Batista.”Não basta derrotar Bolsonaro nas urnas, temos de derrota-lo também nas ruas”, acrescentou o também coordenador-geral da entidade Esteban Crescente.

O vice-reitor da UFRJ Carlos Frederico Leão Rocha compareceu ao ato no IFCS afirmou que “a situação é muito grave e inédita na história da UFRJ, e que inviabiliza até o pagamento dos médicos residentes dos hospitais universitários, que podem fechar a qualquer momento”.

A representante da Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG) disse que a expectativa é de greve nacional a partir de 8 de dezembro.

Do IFCS os manifestantes seguiram em passeata até a Cinelândia, onde o ato foi encerrado. A denúncia dos cortes na Educação praticados pelo governo Bolsonaro atravessou a Avenida Rio Brancosob a batucada dos estudantes. O carro de som do Sintufrj serviu de palanque para as entidades e os estudantes, que com suas palavras de ordem expressaram toda a sua revolta contra a tentativa de destruição do ensino superior público federal pelo genocida e o banqueiro Guedes.

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