O maior encontro de estudantes da América Latina acontece na cidade até 5 de fevereiro (domingo), e tem como tema “Um Rio Chamado Brasil”
“A Bienal da UNE deságua os sonhos e as lutas de uma geração que derrotou o fascismo nas eleições de 2022 e que agora quer imergir na reconexão profunda de um país com seu povo e sua natureza. Um festival para lavar o peito e beber da fonte de novos tempos para o Brasil e para a cultura nacional”, informa a organização do evento. São esperados mais de 10 mil participantes, estudantes do ensino médio à pós-graduação de todas as regiões do país.
A Fundição Progresso, que fica ao lado dos Arcos da Lapa, sedia o festival, que reúne em sua programação, gratuita e aberta ao público, arte, cultura, educação, ativismo, política, ciência e tecnologia, em mostras, palestras, debates, jogos digitais, campeonatos e maratonas. Unidades acadêmicas da UFRJ cederam espaços para alojar estudantes de fora que vieram para a bienal.
Confira a programação completa acessando: https://bienaldaune.com.br/
O evento
“Reconstruir o Brasil pelas mãos dos estudantes e do povo!”
Esse foi o tema da abertura política, no dia 2, com a participação de Bruna Brelaz (presidente da UNE), Jade Beatriz (presidente da UBES), Vinicius Soares (presidente da ANPG), Denise Pires (secretária de Educação Superior do MEC) e outros representantes estudantis.
“Nós nos mobilizamos com muita força em defesa da democracia. Nossa perspectiva agora é nos mobilizar para avanços. Não queremos mais nos mobilizar para resistir. Queremos nos mobilizar para alavancar novamente os direitos dos estudantes de ter acesso à universidade e à educação de qualidade”, afirmou Bruna Brelaz.
A reitora da UFRJ e futura secretária de Educação Superior do MEC, Denise Pires de Carvalho, defendeu a valorização do ensino superior — o que deve ser meta do governo Lula –, o aumento do valor das bolsas de permanência na graduação e na pós-graduação.
O debate seguinte, “Um Rio chamado Brasil — afluentes da reconstrução e desbolsonarização do Brasil”, reuniu Dani Balbi (primeira deputada transsexual da Alerj, professora e roteirista), Léo Péricles, Juliane Furno, Brisa Bracchi, Maria dos Camelôs (PSOL), Brizola Neto (coordenador de Trabalho e Renda da Prefeitura de Niterói).
Luciana Santos (ministra da Ciência e Tecnologia), Nísia Trindade (ministra da Saúde), Fernando Pigatto (presidente do Conselho Nacional de Saúde) debateram “Os afluentes da ciência na reconstrução nacional”.
Estavam previstas ainda a participação na 13ª Bienal da UNE das ministras Ana Moser, do Esporte; Marina Silva, do Meio Ambiente; Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas; Margareth Menezes, da Cultura; e Anielle Franco, da Igualdade Racial.
Cultura pelas ruas da cidade
Na primeira noite do evento aconteceu o Manifesto pela Terra, com shows dos bois folclóricos Parintins, Caprichoso e Garantido, e da cantora Gaby Amarantos.
Para o encerramento, na tarde de domingo, 5, o ritmo será do carnaval. Sairão da Fundição e percorrerão ruas do Centro da cidade blocos, como o Céu e Terra e muitos outros, e ainda haverá a participação da Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira e da Orquestra Voadora.
.Com base em: site da UNE, Agência Brasil, Rede Brasil Atual e Brasil 247