Negociadores do governo se sentaram à mesa com lideranças de entidades de servidores para destravar pauta ignorada pelo governo Bolsonaro
O debate preliminar sobre recomposição salarial linear para os servidores fez parte da primeira reunião da Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP) como estava previsto. Os índices possíveis variam entre 9% e 7,8% de acordo com o espaço no orçamento de R$ 11, 2 bi apresentado pelo governo.
Segundo dirigentes da Fasubra, se o dinheiro disponível envolver o aumento do auxílio refeição, a recomposição ficaria em 7,8%. Se não envolver – ou seja, se os R$ 11,2 bi for exclusivamente para os salários – a recomposição seria de 9%. O governo foi representado na Mesa pelo secretário de Relações do Trabalho Sérgio Mendonça.
A Fasubra cobrou dos negociadores do Planalto a elaboração de um documento que expresse o que foi apresentado para que as bases, nas suas assembleias, discutam com segurança diante de questões concretas.
Além da Fasubra, participaram outras entidades representativas dos servidores. Num balanço preliminar feito após a reunião, os coordenadores da federação relataram que , além dos salários, a conversa teve como pauta a revogação de instruções normativas baixadas pelo governo Bolsonaro.
O panorama dessa primeira rodada de negociação também incluiu o calendário das reuniões permanentes de negociação e as mesas específicas de negociação, pauta muito cara à Fasubra e aos servidores.
Segundo a Fasubra, o governo prometeu constituir um grupo com a participação dos trabalhadores para debater o chamado revogaço dessas instruções normativas que atacam direitos dos servidores.