Professores, técnicos, estudantes e pesquisadores de universidades e centros de pesquisas do Rio de Janeiro que desenvolvem atividades junto ao conjunto de favelas da Maré, organizaram um abaixo assinado como forma de repúdio às manifestações de preconceito que se seguiram à visita do ministro da Justiça Flávio Dino à ong Redes da Maré e que sugerem que a mera presença no território implicaria ligações com o crime. Dessa forma, alerta o texto, insinuam que cidadãos que atuam naquele espaço, moradores ou não, outras seriam cúmplices da criminalidade.
No Twitter, ganhou visibilidade uma postagem mal-intencionada que afirmou que o ministro foi à Maré, de peito aberto, se reunir com líderes de grupo criminoso.
Dino esteve no Complexo da Maré dia 13 de março a convite da ong Redes da Maré para participar do lançamento da 7ª edição do Boletim Direito à Segurança Pública na Maré.
A ida mobilizou o apoio das polícias Militar, Civil, Federal e Rodoviária Federal e do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. “É cruel a naturalização e a perversidade de certos grupos que estimulam, inventam, mentem e distorcem, a qualquer custo, fatos que não correspondem à verdade”, diz texto da Redes da Maré.
Nesta terça-feira, o ministro da Justiça e seu estafe esteve na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara para denunciar o caráter insidioso das redes bolsonaristas acerca de sua visita.