Eles reivindicam retorno ao Fundão já. No dia 22, quarta-feira, há nova reunião com o Sintufrj. No dia 23, pretendem ir ao Consuni
Em reunião organizada pelo Sintufrj, nesta quarta-feira, 15, trabalhadores da Escola de Educação Infantil e de outros segmentos do Colégio de Aplicação, definiram encaminhamentos na luta por um local adequado não só para eles mas, principalmente, para os pequenos alunos.
Conduziram a reunião os coordenadora Edmilson Pereira, de Educação, Cultura e Formação Sindical, Sharon Rivera e Marly Rodrigues, da Coordenação de Políticas Sociais e Fátima Rosane da Coordenação de Aposentados e Pensionistas.
Em sucessivos depoimentos, os trabalhadores foram enfáticos no reiterado desejo de retornarem ao Fundão.
Depois de removidos do local original da EEI, no bloco D do prédio do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira, em fevereiro, por conta do laudo técnico do ETU que constatou graves problemas estruturas agravados pelas últimas chuvas, foram transferidos – abruptamente e sem que trabalhadores ou familiares das crianças fossem consultados, para a sede da Lagoa do Colégio de Aplicação.
As quatro turmas com quinze crianças cada, de 2 a 5 anos, estão alojadas em duas salas não equipadas para o ensino infantil. E só podem ficar meio turno (até o meio-dia) porque não há como produzir alimentação no local para os pequenos. A situação da técnicas-administrativas não é menos difícil, pois nem salas de trabalho têm.
Junto à falta de estrutura, uma outra questão preocupa: a profunda mudança de vida de todos – trabalhadores, pais, crianças – e o transtorno de deixarem o Fundão para se deslocarem para a Praia Vermelha, em tempo e recursos para os grandes e incômodo para os pequeninos.
Passos recentes
Na segunda-feira, 13, houve uma reunião de representantes do colégio com a Reitoria sobre iniciativas adotadas, como a elaboração de licitação para a reforma da sede da EEI no IPPMG que pode demorar mais de dois anos, e a busca de aluguel de espaço provisório para abrigar a EEI até a conclusão da obra. Só que mesmo esta alternativa, em tese, mais rápida, depende de etapas que podem ultrapassar três meses, além do fato de que pode acabar postergada para a próxima gestão da Reitoria. Ou seja, o futuro é incerto.
E é contra tamanha incerteza que eles vêm se organizando em busca de apoio. Tanto que levaram as reivindicações à recente assembleia da categoria, dia 14. Eles querem ser ouvidos.
E vão agir
Na reunião desta quarta-feira, organizada com apoio do Sintufrj, aprovaram uma série de encaminhamentos. Entre eles, a produção em conjunto de um documento dirigido ao Conselho Universitário, com as reivindicações, em particular, de recuperação da sede original da EEI que está há mais de 40 anos no Fundão; a volta à Cidade Universitária já e, para tanto, que a Reitoria consiga logo um lugar alternativo (por exemplo um dos prédios vazios no terreno contíguo ao CCS, na antiga Bio Rio, claro, com as adaptações necessárias).
O grupo vai solicitar também a participação de representação das técnicas-administrativas na comissão instalada pela Reitoria para busca de um local para a EEI.
Outros informes
A coordenadora do Sintufrj Sharon Rivera informou ao grupo detalhes da aprovação, no Conselho Universitário, do Plano de Gestão e Desempenho e como e quando isso poderá refletir no dia a dia dos trabalhadores. Convocou a todos também para a próxima reunião híbrida (presencial e virtual) do Grupo de Trabalho sobre Carreira, dia 21, às 10h, no Espaço Cultural do Sintufrj.
A próxima reunião na EEI ficou marcada para quarta-feira, 22, às 11h e terá na pauta temas como a escolha de delegados sindicais, informes do GT Carreira e a organização da participação no Consuni, no dia seguinte, 23.
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