Enfermeiros, técnicos e auxiliares em greve seguiram em caminhada, do Souza Aguiar à Cinelândia, ocupando pistas da avenida Rio Branco, no Centro
A maior emergência pública do Rio, o Hospital Souza Aguiar, na Praça da República, foi o local da concentração de um grande protesto dos profissionais de enfermagem do Rio, na manhã desta sexta-feira, 10, em luta pela implantação do piso salarial. O Sintufrj e trabalhadores da área da saúde da UFRJ estavam presentes.
O ato, que reuniu cerca de três mil trabalhadores e prosseguiu com uma caminhada até a Cinelândia, marca o início da greve de enfermeiros, técnicos, auxiliares e arteiras federais, estaduais, municipais e do setor privado que, no Rio, será por tempo indeterminado.
Greve nacional
Em reunião no dia 1º, o fórum que reúne entidades nacionais da categoria anunciou a realização da greve geral no dia 10 (por 12 ou 24 horas) em diversos estados, mas deixou a cargo dos sindicatos e assembleias definirem a organização local. Assim, segundo decisão de assembleia dos enfermeiros, em conjunto com auxiliárias e técnicos, realizada dia 3, no Rio, a greve será por tempo indeterminado.
O que querem
Os trabalhadores cobram a apresentação, pelo governo, de uma Medida Provisória (MP, acenada desde o início de fevereiro) que regulamente a fonte de recursos para o aumento, atendendo exigência do Supremo Tribunal Federal que concedeu liminar (em setembro) a entidades privadas de saúde suspendendo os efeitos da lei que institui o piso, aprovada em agosto de 2022.
A Lei nº 14.434 fixou o piso salarial em R$ 4.750 para os enfermeiros, 70% desse valor (R$ 3.325) para os técnicos em enfermagem, e 50% daquele valor (R$ 2.375) para os auxiliares de enfermagem e parteira.