Passado e presente na luta dos estudantes

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Estudantes de todo o país saíram às ruas nesse 28 de março para marcar o Dia Nacional de Lutas dos Estudantes Brasileiros

A data é histórica para o movimento estudantil sendo este dia lembrado para homenagear o estudante secundarista Edson Luis, 18 anos, assassinado por policiais militares em 1968, no Rio de Janeiro, durante a ditadura.

Na centro do Rio, houve ato na Candelária e passeata até a Cinelândia. Paralelo ao simbolismo da data os estudantes secundaristas promoveram protesto pela revogação da reforma do ensino médio realizada pelo governo Bolsonaro.Na Cinelândia falas destacaram a luta contra a ditadura e as lutas atuais do movimento estudantil.

Na Candelária houve aula pública. Quatro professores da rede estadual explicaram a população e aos estudantes presentes o prejuízos causados pela reforma de Bolsonaro a estudantes e professores.

“Com essa reforma ensina-se e aprende-se o mínimo. Houve redução da carga horária das aulas e de disciplinas. Disciplinas importantes como história e sociologia deram lugar matérias tais como “Brigadeiro caseiro”, “RPG”, “Projeto de vida”  “Quem és tu?”, completamente fora da nossa realidade. Isso está adoecendo os professores e vai comprometer o aprendizado necessário para uma disputa no Enem, por exemplo”, declarou Marta Moraes, professora de História da rede estadual de São João de Meriti e diretora do Sepe-RJ.

Mataram um estudante. Podia ser seu filho

Nesse 28 de março completou-se 55 anos da morte do estudante Edson Luis. Ele foi baleado por policiais militares durante protesto no restaurante Calabouço. Seu assassinato deu início a protestos que marcaram 1968 e levaram a ditadura a decretar o AI-5.

O ato reuniu cerca de 300 estudantes que protestavam contra as condições precárias do restaurante Calabouço, que distribuía refeições a preço popular para alunos da rede pública, e era usado como base de articulação do movimento estudantil, no centro do Rio.

A morte do estudante no Calabouço gerou uma série de protestos pelo retorno da Democracia, como a histórica Passeata dos Cem Mil, e deu força para a oposição. Mas o ano de 1968 terminou com a edição do Ato Institucional no 5 (AI-5), que endureceu mais o regime.

 

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