Mais de mil delegadas e delegados de todo país estiveram presentes num dos maiores e mais importantes Congressos da Fasubra, o XXIV Confasubra, entre os dias 17 e 21 de maio, em Brasília, e ali, ao eleger a nova direção (2023 a 2026), a categoria pôde comemorar algo histórico na organização da entidade nacional: três mulheres estão, pela primeira vez, à frente da coordenação-geral. Cristina Del Papa (coordenadora-geral do Sindifes, na primeira coordenação-geral da Fasubra) Ivanilda Oliveira Silva Reis (Sintur-RJ) e Loiva Isabel Marques Chansin (Assufsm).
Preparando-se para assumirem a coordenação nesta quinta-feira, 1º de junho (a posse de toda direção será na próxima plenária) as três dirigentes, com robustos históricos de militância sindical e social, discorreram sobre perspectivas para este novo mandato e como se sentem aquelas que inauguram essa fase histórica na entidade (o perfil e respostas das coordenadoras estarão na próxima edição).
Mulheres na direção
Em maio de 2017, a coordenação da Mulher Trabalhadora – representada por Eurídice Almeida e Ivanilda Reis – prestou homenagem a todas as coordenadoras mulheres da Direção Nacional da Fasubra, desde 1984. Lembraram a primeira coordenadora mulher, Vânia Galvão, da Ufba, uma referência na área da educação. Depois, se seguiram outros nomes como Leia Olivera, Janine Teixeira e, na atual gestão, Vânia Gonçalves. Mas sempre compartilhadas com homens. Agora, não.
“Realmente esse é um momento histórico mesmo. Há duas mulheres também na Coordenação de Administração e Finanças (Márcia Abreu e Melissa Campos). Então, na cabeça da Fasubra, são cinco mulheres!!! Guerreiras que não chegaram aonde estão sem uma trajetória individual. E guerreiras, além de tudo, porque são mulheres no movimento sindical, mães, negras, brancas, LGBT, e, espero que façamos história mesmo. Temos diversos grupos políticos e o diálogo será sempre o que irá nos pautar para fazer uma política excelente para nossa categoria, contando com este governo muito mais democrático”, disse Cristina.
“Chego na coordenação-geral consciente da importância do que represento para as mulheres que estão em suas bases, lutando todos os dias, enfrentando desafios de fazer a luta nos espaços majoritariamente masculinos. Então, ter à frente da Federação três mulheres é um recado de que a luta está valendo a pena. É um momento histórico para a federação”, reconhece Ivanilda, destacando no entanto: “Não temos ilusão: seremos muito mais cobradas porque estamos numa sociedade machista, racista e LGBTfóbica. Mas saberemos dar resposta com nosso trabalho, com nossa verdade, nosso respeito e responsabilidade”.
Loiva concorda: “Sabemos o quanto lutamos para ocupar nossos espaços e agora, pela primeira vez com três mulheres à frente da Federação é um grande desafio. Sabemos que o machismo ainda impera e é uma expectativa podermos fazer um bom trabalho, respeitadas as divergências que obviamente existem. São três coletivos que tem sua forma de pensar. Mas que possamos conduzir a base da categoria, com mais de 100 mil trabalhadores e trabalhadoras, com bastante eficiência e firmeza Serei muito rigorosa sempre em atender o que o que nossa categoria quer, acima de qualquer interesse político partidário”.
Conjuntura
As coordenadoras apontam alguns dos desafios da conjuntura, como o projeto do arcabouço fiscal, adulterado no Congresso a ponto de colocar amarras que podem prejudicar o servidor, em particular no momento de buscar avanços na Carreira e salariais.
Integrante da base da UFRJ, Francisco de Assis é o novo coordenador da pasta de Comunicação.
Quem é quem
Nas demais coordenações, a representação feminina tem sido mais frequente e, nesta gestão, há muitas companheiras.
Confira em fasubra.org.br/geral/confira-a-nova-direção-nacional-eleita/
Integrante da base da UFRJ, Francisco de Assis é o novo coordenador da pasta de Comunicação.
Quem é quem
Nas demais coordenações, a representação feminina tem sido mais frequente e, nesta gestão, há muitas companheiras.
Confira em fasubra.org.br/geral/confira-a-nova-direção-nacional-eleita/