Na manhã desta quarta-feira, 7, o projeto Orla Sem Lixo lançou uma barreira experimental de coleta de lixo flutuante na Prainha, (ao lado da Faculdade de Letras e em frente à Reitoria), no Fundão. Foram instalados os primeiros 200 metros de bloqueio na área costeira da Baía de Guanabara. Esta é semana do meio ambiente que teve como marco o Dia Mundial do Meio Ambiente na segunda-feira, 5 de junho.
É um protótipo para testes do projeto experimental na busca por alternativa sustentável para a questão do lixo flutuante em áreas costeiras e oceânicas e se apresenta como uma solução de baixo custo para a intercepção e o gerenciamento do lixo flutuante na Baía de Guanabara.
A coordenadora, professora Susana Vinzon, da Escola Politécnica da UFRJ, apresentou o projeto. Em seguida houve uma ação voluntária de limpeza da área monitorada ela barreira.
Segundo a coordenadora, o projeto Orla Sem Lixo veio de uma construção antiga: “A primeira demanda, o primeiro olhar veio da Prefeitura Universitária. Temos uma orla de Manguezal, depois de praia em quase toda enseada do Fundão, onde o lixo tem sido um problema, não somente para uso da comunidade do entorno, mas para os próprios ecossistemas, ameaçados pela quantidade de lixo flutuante que se acumula”, disse ela, explicando que a Prefeitura recorreu à Engenharia Costeira.
“A gente vem fazendo esta construção e tenta articular não apenas a própria Prefeitura mas também empresas, Parque Tecnológico, enfim, quem quiser ajudar”, explica a professora, informando que agora, o grupo vai conversar com a Prefeitura do Rio de Janeiro para que se possa apontar uma solução não apenas para o lixo flutuante do Fundão, mas na Baía de Guanabara.
Ela explica que é uma solução que integra muitas frentes (por exemplo, entre a comunidade de pescadores, muito afetada pelo problema).
Hoje há cinco professores envolvidos, portanto, cinco áreas diferentes de conhecimento e a Prefeitura ancorando as ações que se desenvolvem em torno do combate ao lixo costeiro.
O projeto, explica Suzana, olha também para as ações estruturantes do Plano diretor UFRJ 2030, duas delas essenciais: o Parque da Orça, que se beneficia deste piloto que evita que o lixo flutuante chegue à orla, e a outra, o Polo de Mio Ambiente de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, onde o “Orla sem lixo” pode construir uma primeira infraestrutura para recolhimento e orientação do lixo e sua reciclagem como uma das opções de destinação.
“O projeto, de alguma forma, se coloca dentro da Ilha do Fundão, como território para o desenvolvimento de soluções. E a Prefeitura, como agente essencial nesta organização territorial na busca destas soluções”, conclui a professora.
Da equipe técnica constam um engenheiro ambiental, um oceanógrafo, dois professores e um sociólogo. O projeto conta com apoio de ONGs e a parceria de pescadores locais.