A retomada vigorosa do Grupo de Trabalho da Mulher do Sintufrj nessa quarta-feira, 26 de julho, definiu uma robusta agenda de trabalho. O objetivo é promover integração, maior participação das mulheres de toda a comunidade da UFRJ com vistas à ocupação de mais espaços na universidade e fora dele, tendo como princípio o combate a todo tipo de assédio e violências. O GT teve presença maciça de mulheres.
Já para esse domingo, 30 de julho, as mulheres do GT participarão da Marcha das Mulheres Negras 2023 contra o racismo, na praia de Copacabana, na zona sul do Rio de janeiro. Em agosto acontecerá um encontro ampliado tendo o caráter de uma roda de conversa.
A proposta é também fazer do GT um espaço de formação, inclusive com cursos voltados para a realidade da mulher, e que agreguem políticas como direitos da mulher. Isso voltado para a conscientização e o despertar da visão de classe. Os grandes temas serão: “Políticas para Trabalhadoras da Universidade; Prevenção e Combate aos Assédios e Violências; e Políticas para Mulheres da Comunidade Universitária”.
Segundo avaliação das participantes o GT não se propõe a limitar sua atuação, pelo contrário, quer buscar ampliá-la para integrar estudantes, terceirizadas, e mulheres do entorno da UFRJ, como as companheiras da Vila Residencial da UFRJ. Para tanto o GT será também itinerante, sendo realizado nos demais campi da universidade, e com flexibilização dos dias de reunião para dar oportunidade de maior participação.
A ampliação da atuação do GT também se volta para a participação fora dos muros da UFRJ. Iniciada com a Marcha das Mulheres Negras agora dia 30 de julho, continua com a participação na Marcha das Margaridas, que será nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília. O GT enviará seis companheiras, três da base e três da direção.
Informes
Na reunião foram dados informes dos encontros os quais participaram dirigentes do Sintufrj e do GT Mulher. Foram eles: o Encontro Nacional da Mulher Trabalhadora, realizado em 9 de março, em Brasília; o 3º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe, realizado de 21 a 23 de julho, em Brasília; o Encontro em comemoração ao Dia de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha promovido pelo Centro de Referência para as Mulheres Suely Souza de Almeida (CRM); e o Encontro de Mulheres Indígenas do Rio de Janeiro.
No 3º Encontro de Mulheres da América Latina e Caribe foi também construída a Carta (plataforma) do Brasil a partir dos debates acumulados na análise de conjuntura e nos grupos de trabalho. Um relatório foi apresentado pelas companheiras Adriana Mattos, Alzira Trindade, Marli Rodrigues, Rosi da Cruz e Vânia Godinho. Para o ano que vem o GT pretende realizar um trabalho que possibilite o envio de companheiras para o 4º encontro que será realizado na Argentina.
Ao final da reunião a companheira Marli Rodrigues, dirigente do Sintufrj, promoveu um sorteio com materiais do Movimento de Mulheres Olga Benário, que lutam contra a opressão patriarcal-capitalista e em prol do socialismo.