Proposta do GT Carreira do Sintufrj será texto base para discussão do PGD da UFRJ

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Discussão prossegue no dia 19 de agosto, às 14h, na próxima reunião da Comissão de Acompanhamento

A proposta de minuta elaborada pelo GT Carreira do Sintufrj será, a partir de agora, texto base para discussão na Comissão Central de Acompanhamento da normativa que regulamentará o Plano de Gestão e Desenvolvimento para sua implantação na universidade; e a regulamentação do teletrabalho (previsto do PGD) poderá ser antecipada com uma normativa própria. Estes foram alguns dos encaminhamentos propostos na reunião da comissão, nesta quinta-feira, dia 6, na Pró-Reitoria de Pessoal (PR-4).

Esta foi a primeira reunião na nova gestão da Reitoria. A comissão é presidida pela pró-reitora pela pró-reitora, Neuza Luzia e da reunião de ontem participaram Sharon Rivera (coordenadora do Sintufrj e integrante do GT Carreira), Joana de Angelis, Agnaldo Fernandes, ambos também integrantes do GT Carreira. Coube a Agnaldo apresentar a proposta de minuta formulada no grupo. Estavam lá também representantes da Adufrj e de outras áreas da Administração. Agnaldo foi integrado à reunião da Comissão como convidado.

A adesão ao PGD foi aprovada em março no Conselho Universitário e o programa precisa de uma normativa para ser implementado de fato. A Comissão de Acompanhamento está encarregada de produzir este documento.

Sharon situou os presentes da trajetória do GT até a formulação de uma proposta própria. Há algumas semanas, a PR-4 havia apresentado uma proposta que foi analisada pelo GT. No entanto, o grupo deliberou por produzir a própria minuta.

Agnaldo resumiu o teor da minuta para os presentes, apontando, por exemplo, que uma das diferenças entre a proposta da Reitoria e a do GT é a horizontalidade da relação entre servidores e chefias na formulação dos planos de trabalho necessários na adesão ao plano – que substitui o controle de frequência pelo cumprimento de metas. A proposta apresenta pela Reitoria concentrava poder de decisão.  A do GT democratiza.

Agnaldo propôs ainda a elaboração de uma proposta de normativa para antecipar a implantação do teletrabalho enquanto se aprofunda o necessário debate sobre a mudança de cultura que representa o PGD.

A pró-reitora considerou a possibilidade de desvinculação das normativas do teletrabalho e do PGD como melhor caminho e isso deverá se traduzir numa proposta para a próxima reunião.

Neuza Luzia explicou que a proposta GT do Sintufrj, fruto de uma discussão coletiva, como apresentado por Agnaldo, poderá ser tomada como texto base.

O superintendente da PR-4 Rafael Oliveira também ponderou que é possível continuar o debate tomando o texto apresentado e que é simbólico partir de uma iniciativa do movimento. “Vamos discutir a minuta do sindicato”, disse.

Avaliações

“Me parece que a sequência do diálogo até agora suscitou o resultado desta reunião que o sindicato fez e a gente achou muito positiva a sua posição de apresentar uma proposta que não traz toda a lógica da discussão com base no decreto do governo (que instituiu o PGD). O decreto é um instrumento mas não precisamos ficar amarrados, porque temos autonomia para dialogar muito mais amplamente”, disse a pró-reitora. “É interessante poque a proposta do GT carreira do Sintufrj permite a gente dialogar com autonomia”, acrescentou.

REUNIÃO DA COMISSÃO DE ENCAMINHAMENTO. REUNIÃO DA COMISSÃO DO PGD. Proposta do GT Carreira do Sintufrj será base para elaboração de normativa

Sharon Rivera fez sua avaliação. “Foi a primeira reunião com a nova Pró-Reitoria. Avaliamos que foi positiva porque partiram da nossa proposta do GT-Carreira que discutiu com os trabalhadores,  se debruçou sobre as questões de gestão, de qualidade de vida, do trabalho, e de  como travar o autoritarismo”. Não tira a responsabilidade da chefia, que tem que pactuar as tarefas com a equipe, como construção coletiva. Além de tudo conseguimos desvincular o teletrabalho do PGD. O PGD é uma mudança de cultura, uma nova forma de se olhar o trabalho, enquanto teletrabalho é uma questão pela qual os trabalhadores clamam hoje. Deu certo, durante a pandemia, em muitas unidades. Muitos precisam deste mecanismo para agilizar seu trabalho. E o PGD, embora também urgente, demanda uma discussão aprofundada. Nossa discussão do PGD está avançando, está robusta. Mas podemos aprofundar ainda mais..

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