Sintufrj presente na manifestação que exige punição aos golpistas

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A manifestação que reuniu na segunda-feira, na histórica Cinelândia, militantes, trabalhadores, sindicatos, movimentos sociais e populares e partidos políticos de esquerda para repudiar o fascismo propagou o eco reproduzindo as palavras de ordem de vários cantos do país para defender a democracia e exigir punição aos golpistas.

O ato foi para marcar 1 ano do fatídico 8 de Janeiro de 2023 quando uma turba manejada por conspiração golpista (empresários, altas patentes das Forças Armadas, cupula da Policia Militar de Brasilia, Bolsonaro e companhia) invadiu as sedes do palácio presidencial, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF).

O Sintufrj estava presente com sindicalizados, delegados de base e dirigentes da entidade. Um dos coordenadores-gerais do sindicato, Esteban Crescente, foi direto ao ponto.

“A nossa luta por liberdade democrática é a luta para que os sindicatos possam continuar se organizando e lutando por direitos. E aqueles que tentaram dar um golpe no dia 8 de janeiro de 2023 eram contra a organização e a luta dos trabalhadores por seus direitos’, disse.

“Não há caminho para a classe trabalhadora que não o da mobilização, que não o da construção das lutas (…) temos de saber quem são os nossos inimigos e adversários. É o fascismo, Bolsonaro, os generais golpistas, os mercadores da fé, esses são nossos inimigos. E nós temos que lutar pela punição dos golpistas”, sustentou o dirigente do Sintufrj.

Maioria segue impune

Como resultado da tentativa de golpe centenas e pessoas foram detidas e houve uma série de afastamentos, prisões e operações de busca e apreensão contra autoridades, empresários e suspeitos de participar, incitar e financiar os atos.  Mas até agora da horda que invadiu e depredou, apenas 30 pessoas foram condenadas pela Justiça, e seguem impunes dezenas de empresários financiadores da tentativa de golpe, militares de alto comando das Forças Armadas e policiais do Distrito Federal e fundamentalmente os mentores.

O ex-presidente Jair Bolsonaro teve seu indiciamento pedido pela CPI do 8 de janeiro no Congresso Nacional, sendo tratado na comissão como “autor intelectual”, e segue atualmente ainda como investigado. Recentemente a Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou ao STF relatório e vídeo postado e apagado do perfil de Bolsonaro no Facebook, o qual é fundamental para apresentar denúncia contra o ex-presidente sob acusação de incitação.

Entenda

No dia 8 de janeiro, um domingo, uma turba enfurecida (manejada por ações de profissionais) com cerca de 4 mil bolsonaristas caminhou rumo a praça dos Três Poderes para tentar deflagrar um golpe. Eles não aceitavam o resultado das eleições, que deram vitória a Lula.

Invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) numa ação sem precedentes na história do país. A sanha era tão grande que havia até um plano para assassinar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), como parte das ações golpistas do 8 de janeiro. As fotos de Daniel Outlander registram o ato do 8 de Janeiro na Cinelândia.

 

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