Trajetória de servidora é exemplo de dedicação e da ocupação de espaços institucionais por técnicos-administrativos na UFRJ
Os técnicos-administrativos da universidade viveram um momento especial pelo simbolismo da homenagem à servidora Benedita Aglai da Silva na solenidade de colação de grau de turmas de Ciências Biológicas do Instituto de Biologia (IB).
Aglai, uma pernambucana que serviu vários anos ao IB, foi a primeira técnica-administrativa a chegar à posição de Diretora de Ensino do instituto – unidade na qual também chegou a presidir a congregação.
Nas palavras de Francisco de Assis, dirigente da Fasubra e servidor do Instituto de Biologia, a trajetória de Aglaia é expressão da “ocupação de espaços institucionais” por técnicos-administrativos na UFRJ, anteriormente monopólio de docentes.
A servidora – aposentada pela imposição do limite de idade – foi homenageada por trabalhadores da Seção de Ensino do IB, gesto que envolveu as centenas de pessoas (jovens, seus familiares e professores) presentes na solenidade no Quinhentão.
Universidade pública
No seu discurso, no qual agradeceu a homenagem, Aglai fez um rápido histórico desde quando chegou ao Rio de Janeiro vindo de Recife. Ela descreveu parte de sua trajetória acadêmica e momentos importantes dos 42 anos de UFRJ, num roteiro de lutas e vitórias.
A palavra da homenageada foi antecedida por saudações, entre as quais a de Miriam Silva dos Santos e de Elaine Soares, da Seção de Ensino do Instituto de Biologia.
A manifestação de Francisco de Assis dos Santos ganhou tons de emoção, especialmente pelo fato de ele associar o histórico da homenageada à realidade da UFRJ e à luta em defesa da universidade pública, de sua democratização (citando a criação dos cursos noturnos), da necessidade de ocupação de espaços institucionais pelos técnicos-administrativo (postura da qual Aglai é um exemplo).