Greve: cresce adesão na UFRJ

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Termômetro foram informes expostos na assembleia realizada na manhã/tarde desta quarta-feira, no auditório do Bloco A do CT

A íntegra da assembleia está nas redes sociais do Sintufrj

Fotos: Elisângela Leite

A adesão à greve indicada pela Fasubra iniciada na segunda-feira, 11, tem correspondido as expectativas da direção sindical. De acordo com os informes de base e do Comando Local de Greve (CLG) levados à assembleia híbrida e simultânea com o campus UFRJ-Macaé, nesta quarta-feira, 13, no Centro de Tecnologia (CT), a categoria em vários setores e unidades, como na Faculdade Nacional de Direito (FND), já se reuniram e decidiram pela adesão ao movimento.

Foram mais de quatro horas de assembleia, porque foi a primeira após a decretação de greve voltada para informes de base, esclarecimentos de dúvidas, análise e avaliação do movimento grevista e da conjuntura. As falas das companheiras e companheiros, tanto no CT como no Polo Universitário de Macaé, determinaram os próximos passos para a ampliação e o fortalecimento da greve na UFRJ. As discussões resultaram na aprovação de encaminhamentos e de uma agenda de atividades.

Calendário de Ações na greve

QUI 14/03

9h Ato no Consuni Parque Tecnológico – Pautar Reivindicações da Greve e Campanha Nacional Fora Interventores e apoio à UFPB.

14h Reunião Comissão de Ética do CLG

SEX 15/03

Reuniões unidades e Comissões

10h Reunião Comissão de Comunicação CLG

14h Reunião Base FND online

14h Ato na Cozinha do MST apresentando a pauta para os Ministro das Cidades (Hilem)

14h Reunião dos TAE UFRJ/Macaé com Debate sobre a luta histórica da FASUBRA por carreira

SEG 18/03

*Instalação Comando Nacional em Brasília

9h Panfletagens na recepção dos estudantes nos prédios / comunicação elaborar

11h Reunião dos TAE/IB para debater Plano de Trabalho individual e coletivo no PGD

15h Panfletagem e apresentação da recepção Novos Concursados – Salão Nobre CT /

TER 19/03

10h Protesto na Praia Vermelha concentrando em frente ao CFCH. Convidar Assunirio para construir junto o ato.

QUA 20/03

10h Assembleia Simultânea – Fundão, Praia Vermelha e Macaé.

14h Atividade GT Antirracista Ditadura e racismo: violência ontem e hoje. Espaço Cultural Sintufrj

QUI 21/03

12h – Mobilização no CAP

SEX 22/03

14h  Aula Magna com Ministro Celso Amorim (Quinhentão CCS)

Semana do dia 25 de março: Realizar ato no Museu Nacional.

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Outras deliberações:

  • Entre outras ações, a assembleia também deliberou pela realização de ato de rua conjunto com todas as instituições federais de ensino em greve, no Rio, com a participação de alunos e professores. A intenção é levar para a população a pauta de reivindicações da greve, somando com a campanha pela Revogação do Novo Ensino Médio. O CLG vai levar aos Fóruns dos Técnicos-Administrativos em Educação e de Educação Estaduais duas propostas de datas: 21 e 26 de março.
  • Realização de reunião unificada do CLG com o DCE Mário Prata, Adufrj, Attufrj e APG

Avaliações e esclarecimentos

O coordenador da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologia da UFRJ, Francisco de Assis, informou que nesse momento, a reestruturação da carreira (PCCTAE) está com a Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC) e no âmbito do debate sobre o impacto financeiro que vai gerar. Por isso, inclusive, está participando o Ministério da Gestão e Inovação no Serviço Público, além do MEC.

“Estamos em greve porque se esgotaram todas as formas de negociação com o governo. Mas é importante entender a conjuntura. A extrema direita está forte e mobilizada, o Centrão conseguiu pôr na Comissão de Educação no Congresso o pop star do fascismo, o Nicolas Ferreira”, observou a coordenadora-geral do Sintufrj Marta Batista.

Na avaliação do coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente, a disputa central neste momento é a conquista do orçamento. “O Centrão quer que os recursos públicos vão para os banqueiros”.

“A gente entende as dificuldades de muitos companheiros aderirem a greve, mas não tem essa de chefe dizer o que é essencial ou não. Somos todos iguais na greve, que deve ser forte, curta e com resultado”, disse a coordenadora sindical Marli Rodrigues.

“Vamos fazer um outro tsumane da educação nos moldes do que fizemos no governo Bolsonaro, articulando com a CUT, Andes, Sepe e outras entidades, ocupando as ruas do centro da cidade para expor à população os motivos da nossa greve”, propôs Raquel, do Fórum de Ciência e Cultura (FCC).

“Na Editora da UFRJ, os setores de texto e produção estão parados. Proponho fazermos reunião com as entidades da UFRJ e os trabalhadores terceirizados para que todos saibam situação da universidade. Vamos dialogar com os calouros e os servidores recém ingressos”, lembrou Marisa Araujo.

“Temos que ter um calendário pró ativo para trazer mais pessoas para as assembleias e o CLG tem que aparecer nos locais onde as pessoas estejam trabalhando”, afirmou Vitor Hugo, da PR-2).

“Uma greve forte é construída no CLG. As pessoas têm que se esforçar para participar das comissões do CLG (de Ética, Finanças, Infraestrutura, Essencialidade, Mobilização) e organizar as atividades coletivamente e não agir de forma sectária, em paralelo ao coletivo”, observou Cícero Rabelo, coordenador do Sintufrj.

“Não podemos esquecer que conseguimos derrotar o governo genocida, mas o Congresso é o mais de direita e fascista que tivemos nos últimos tempos”, registrou o coordenador sindical Nivaldo Holmes. Ele defendeu a organização de oficinas na UFRJ para tirar proposições aos adendos que estão sendo feitos à  carreira, na discussão em Brasília, e também é favorável a convocar entidades e outros trabalhadores para os atos de greve.

 

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