Mobilização cresce na UFF ganha adesão das bibliotecas

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A greve na UFF está forte. Mesmo setores sem tradição, resolveram aderir. Inclusive por conta da falta de orçamento das universidades. Quem avalia é coordenadora-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação da UFF (Sintuff), Lucyene Almeida.

Na primeira semana de greve, os trabalhadores da UFF vêm promovendo reuniões setoriais para ampliação do movimento.  Como a realizada no dia 13 com os trabalhadores das Bibliotecas.

Em reunião setorial, no dia 13 (já marcada, mas que acabou se inserindo no calendário de greve), nos pilotis do Bloco B do Gragoatá, em Niterói, os sindicalistas falaram para cerca de 53 trabalhadores das bibliotecas sobre o porquê e a importância da greve, sobre as audiências com a Reitoria, e de essencialidades, explicando que as bibliotecas não estão entre elas e que não é necessário rodízio para atendimento (recurso válido para serviços essenciais e que incidam em risco à vida).

A reunião ajudou a articular a paralização. Na opinião da coordenadora, a gravidade da situação das universidades, fomenta a adesão. “É fundamental colocarmos para os estudantes que é hora de lutar por mais verbas. Se o governo acha que (a universidade) é importante, não pode ser só no discurso, mas com ações”, pondera Lucyene, destacando que é importante valorizar a Carreira e o trabalho do servidor,

Ela conta que, entre os bibliotecários, a adesão está grande. Ela mesma trabalha no processamento técnico da Biblioteca Central do Gragoatá, a maior entre as 40 bibliotecas da UFF, considerando as de Niterói e as dos campi do interior, como Rio das Ostras, Macaé, Santo Antônio de Pádua, Petrópolis, Nova Friburgo e Angra dos Reis.

 

Mais de 40 bibliotecas e 220 servidores

Em Niterói, a UFF é descentralizada: a biblioteca Central no Gragoatá, atende a maior parte dos cursos de áreas humanas de graduação e pós-graduação. Há ainda a biblioteca da Economia e a da Superintendência de Documentação. No campus da Praia Vermelha, em São Domingos, fica a biblioteca de Arquitetura e Engenharia, a de Geociências e de Física. No campus do Valonguinho, há também uma Biblioteca Central, a de Nutrição, Odontologia, Administração, Matemática e Geoquímica. No Hospital Antônio Pedro há a biblioteca de Medicina; em Santa Rosa, a de Veterinária, e no Centro, a de Enfermagem.

Todo esse sistema, e mais o setor de Arquivo, estão reunidos na Superintendência de Documentação que. segundo ela, conta com cerca de 220 servidores. Ainda sem precisar quantos, a coordenadora avalia que houve uma adesão grande dos trabalhadores.

Portanto, há um movimento crescente, inclusive nacional, com mais de 50 instituições. “Porque a greve é justa. Não temos só o eixo da recomposição salarial (e da Carreira), mas também a recomposição do orçamento. Isso está impulsionando. É muito fácil dialogar com estudantes e docentes. A Aduff (associação de docentes) vai fazer assembleia dia 21 e a gente tem perspectiva . Quanto mais universidades e categorias , fortalece nosso movimento.”

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