Dois dirigentes da Fasubra avaliam a mobilização nacional pela greve da educação
Ivanilda Reis, coordenadora-geral:
“A mobilização está sendo boa. A preocupação da Fasubra era sobre se as assembleias fossem esvaziadas. Alguns dirigentes das entidades falaram em possível esvaziamento. Mas, as assembleias estão reunindo um número maior de participantes do que ocorre normalmente. Então, está havendo um retorno muito positivo. Os sindicatos estão aprovando greve ou marcando novas assembleias já para deflagração (da greve) no dia 11.
Até o dia 5 de março, cerca de 40 entidades (veja quadro a seguir) já tinham uma resposta. Em torno de 35 já tinham dito sim para a greve no dia 11. A gente está vendo um quadro bem positivo, uma grande mobilização. Essa semana está sendo de mobilização.
Mas vamos ter um raio-X dos números e da participação das entidades na greve na plenária (virtual) da Fasubra no dia 9 de março. Pelos números está positivo; pouquíssimas assembleias não conseguiram um número maior de participantes do que vinham reunindo em assembleias anteriores. Mas o engajamento ainda está aquém do que precisamos para uma greve forte. Ainda não é uma realidade assembleia bombando.
Entre as bases que ainda não decidiram, somente uma (de Alagoas) votou contra a greve. Outra coisa: muitas assembleias vão ocorrer no dia 11 para organização da greve”.
Francisco de Assis, coordenador de Comunicação da Fasubra:
”Fasubra tem uma avaliação positiva crescente da mobilização diante da posição tirada nas assembleias sobre o indicativo de greve no dia 11, o que fortalece a linha da Federação. E a gente está querendo intensificar a mobilização para que a totalidade (das entidades) chegue nessa data com o indicativo de greve. Porque isso vai fortalecer a representação da categoria na mesa de negociação com o governo. Então, nossa meta é chegar a 100% da base com o indicativo de greve no dia 11. Só o fato de a gente indicar que estará em greve, já fez o ministro (Camilo Santana, da Edducção) se movimentar. Isso mostra que a gente deve fortalecer ainda mais a mobilização”.
Imagine com greve…
Após a reunião da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), no dia 29 de fevereiro, convocada de forma extraordinária pelo Ministério da Educação (MEC), o ministro da Educação Camilo Santana recebeu os membros da CNSC para ouvir as reivindicações da categoria e construir “caminhos de diálogo”.
Segundo a Fasubra, o ministro disse que nos próximos 30 dias acontecerão reuniões com as “diversas instâncias do governo, com objetivo de trabalhar pela valorização dos nossos servidores e pela escuta de suas demandas”.