Mobilização agita unidades da UFRJ rumo à greve

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A convocação para as assembleias desta quinta-feira, 7 de março, foi a principal tarefa da direção sindical durante os últimos dias. A Comissão de Mobilização composta por coordenadores do Sintufrj, apoiadores da gestão e militantes de base percorreram unidades dialogando com as trabalhadoras e trabalhadores e distribuindo panfletos explicando as razões pelas quais todos devem abraçar a Campanha Salarial deste ano.

No IPPMG, uma das unidades hospitalares por onde passou a comissão, o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente atualizou as trabalhadoras e trabalhadores sobre a luta em curso  pela reestruturação da Carreira e a recomposição do orçamento da universidade, cuja a maioria dos prédios necessita de obras urgentes.

Motivos para a greve não faltam

“O orçamento da instituição é de R$ 370 mil milhões, mas a demanda é de R$ 790 milhões. Isso explica prédios caindo, a redução dos contratos de vigilância, limpeza e das bolsas estudantis sendo reduzidas. A dificuldade de manter o hospital funcionando. O governo está arrecadando mais, porém, temos que brigar para esse dinheiro vir para cá e não ir para o Centrão, para o banqueiro, porque essa turma tem poder de negociação. E o nosso poder é esse, fazer barulho”, disse Esteban.

Sobre as mesas de negociações com o governo, Esteban informou que os ministérios chegaram a um limite. “Em relação à Carreira não temos nenhuma resposta. E temos a Carreira mais defasada do serviço público. A pior remuneração média. Amargamos uma perda de 52% e um congelo de pelo menos sete anos. Essa greve não é um tiro no escuro. O contexto nos favorece. Porque o governo está dizendo que se a economia tiver um resultado bom esse ano, dá para distribuir alguma coisa para os servidores. E o ano já começou bem para as contas públicas. Por isso a gente vai à luta”, acrescentou o coordenador do Sintufrj.

“Só com luta”

“Não podemos ficar sentados em frente ao computador com medo do chefe. Somente se consegue as coisas com luta. Nos 36 anos em que estou na UFRJ, tudo o que nós conquistamos foi com luta, enfrentando o governo. Qualquer governo. Agora, nós precisamos estar juntos. Não podemos ficar sentados esperando o sindicato lutar por nós. O sindicato somos todos nós”, disse a coordenadora de Comunicação do Sintufrj Marly Rodrigues para os servidores na PR-6.

Quórum qualificado

Vânia Guedes, coordenadora de Políticas Sociais na sala da PR-3 informou que outras entidades do Estado do Rio já definiram a deflagração da greve no dia 11 de março, confirmo indicativo da Fasubra. Ela reiterou a importância de obtermos um quórum qualificado nas assembleias desta quinta-feira, 7.

Ela também avaliou o cenário como favorável à deflagração de greve e reforçou, assim como os demais companheiros e companheiras na panfletagem, a importância de fortalecer a luta pela conquista das reivindicações contidas na pauta de reivindicações desta Campanha Salarial.

 

          

           

                             

                   

           

   

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