Fasubra e Sinasefe rejeitam proposta do governo e greve continua

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A proposta feita pelo governo aos trabalhadores da educação não foi aceita por nenhuma das entidades representativas – Fasubra, Sinasefe. Os representantes das categorias em greve saíram indignados da reunião realizada na manhã desta sexta-feira, 19 de abril, no Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI). A proposta feita pelo governo foi considerada muito aquém das reivindicações do movimento e será submetida para avaliação das bases.

Apesar de propor a reestruturação da carreira com reposição salarial, o governo manteve 0% de reajuste este ano, penalizando mais ainda os aposentados. Segundo o governo, a reestruturação com reposição seria em torno de 22,97% incluído o reajuste de 9% concedido ano passado. Somente em 2025 haveria 9% de reajuste e 3,5% em 2026. Algumas mudanças foram propostas na estrutura da carreira e serão detalhadas para a categoria.

“A proposta apresentada não foi aceita por nenhuma das entidades. Até porque as direções junto com os comandos de greve terão de debater e a proposta será enviada para avaliação nas assembleias de base. O governo propôs reestruturação da carreira com reposição salarial, que seria em torno de 22,97% incluído o reajuste emergencial de 9% concedido ano passado. Para esse ano 0% de reajuste, 9% em 2025 e 3,5% em 2026 o que não chega a 13%. Em relação a estruturação colocaram a tabela lateralizada com piso do nível superior”, informou a coordenadora-geral da Fasubra, Cristina del Papa.

“Não tem orçamento para 2024. A proposta está aquém e foi rebaixada. Não representa o tamanho da nossa greve”, afirmou a coordenadora-geral da Fasubra, Loiva Chansis.

“Para os aposentados é nada mesmo em 2024 já que eles estão excluídos do aumento dos benefícios. A proposta como um todo está muito aquém da valorização que precisamos. Não é possível um governo que vai para a mídia dizer que vai valorizar a educação não o faz na prática. Então continuamos em greve e vamos avaliar com a categoria”, ressaltou a coordenadora-geral da Fasubra, Ivanilda Reis.

“Mais uma vez o governo demonstra não conhece as especificidades do fazer dos trabalhadores técnico-administrativos em educação. Por isso é muito importante que a nossa greve tenha força para arrancar do governo os recursos que precisamos para deixarmos de ser a tabela mais baixa do serviço público federal”, observou o integrante da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira, Marcelo Rosa

“Colocamos na mesa que a categoria do PCCTAE estrou em greve porque recebe a pior remuneração do serviço público. Na proposta apresentada pelo governo continuamos com o pior salário do serviço público. Vamos fortalecer essa luta para na próxima mesa exigir que o governo coloque mais dinheiro”, frisou o coordenador-geral do Sinasefe, David Lobão

O que fazer agora

O Comando Nacional de Greve iniciou o debate sobre os próximos passos do movimento para decidir o que será apresentado às bases em nova rodada de assembleias. Aqui na UFRJ, o Comando Local de Greve (CLG) se reúne na manhã de quarta-feira (24). A assembleia simultânea (Fundão (CT), Macaé (local a definir) e Praia Vermelha – auditório Manoel Maurício.) será às 14h.

ANDES

Os docentes vão discutir nas suas bases a proposta do governo apresentada em reunião em separado na tarde de sexta-feira. Da mesma forma do que foi proposto aos técnicos-administrativos, o governo insistiu nos 0% de reajuste para docentes do Magistério Federal em 2024. Como contrapartida, prometeu reajuste de 9% apenas em 2025 e 3,5% para 2026.

BRASÍLIA OCUPADA POR MANIFESTANTES que acompanham de perto as negociações pressionando o governo.FOTOS: RENAN SILVA

VIGÍLIA DURANTE A REUNIÃO DA MESA cujo resultado frustrou as expectativas dos trabalhadores da educação FOTO: RENAN SILVA

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