DCE defende movimento de ocupação na defesa das reivindicações que tem na recomposição orçamentária sua bandeira prioritária
Foto: Arquivo CAEBA
Ao invés de uma universidade vazia, um movimento de ocupação dos espaços com mobilização, articulação política e socialização da pauta de reivindicações. Essa foi a proposta do DCE Mário Prata para os dois dias de paralisação docente( ontem, 21 e hoje,22): “A paralisação permite que professores e estudantes possam participar das mobilizações locais e nacionais como a caravana a Brasília, aulas pública, debates e atividades nos campi da UFRJ”.
Várias assembleias estudantis vêm se sucedendo nos cursos desde a semana passada, definindo a posição de cada coletivo que será levada à assembleia geral do DCE, hoje (23) quinta, às 17h, no CT, tendo em pauta a possibilidade de greve dos estudantes. E, de fato, além das assembleias, vários grupos de estudantes se organizavam em atividades para estes dois dias de paralisação..
EBA mobilizada
Estudantes e professores da EBA programaram ações conjuntas de mobilização nesses dois dias. Na manhã da quarta-feira, 21, no hall do prédio da Reitoria , eles promoveram debate sobre a crise da educação federal, oficinas e cirandas, com a participação de professores, estudantes, representantes do CAEBA, o DCE e a UNE e realizaram uma performance, com todos vestidos de preto, para chamar atenção para a luta. À tarde, foram realizadas mais oficinas e um mutirão de limpeza. Na quarta, mais performances, debate (sobre a Palestina), sarau e apresentações culturais.
Mobilização também na PV – CAs e Atléticas da Praia Vermelha também formularam uma agenda para construção conjunta de atividades aos estudantes. “Nos falta estrutura e nos falta dignidade para estudar, nossa luta é pela recomposição orçamentária já!”, diz a convocatória.
Estudantes percorreram os andares para mobilizar colegas. No hall, em uma ciranda, estudantes e docentes comemorar o sucesso da mobilização.
PERFORMANCE, debate e oficinas marcaram o dia de mobilização na EBA
Pelo futuro da UFRJ
Henderson Ramon (vídeo a seguir), do CA da EBA e do DCE, explica que os estudantes da escola estão mobilizados. “Na nossa última assembleia foi aprovado estado de greve para esses estudantes que também se somam a paralisação que está rolando hoje, terça-feira e amanhã também aqui no nosso prédio. Junto com os professores, elaboramos várias atividades para esses dois dias”, explica, apontando a assembleia do DCE na quinta-feira agora. “Aqui na EBA o que a gente está vivenciando é um estado de descaso”, conta, mencionando, entre outros problemas, o fechamento do maior ateliê da América Latina, o Pamplonão, “sem nenhuma indicação do prazo de abertura, de orçamento, de indicação do que precisa ser feito. A saída é a luta e a mobilização, e estamos lutando para melhorar o nosso futuro da universidade”.
Assembleias
História aprova greve – Um dos cursos que realizou assembleia no dia 20, á noite, foi o de História. Segundo o CAMMA, foi a maior assembleia de curso desde o fim da pandemia. Debateu a conjuntura, estrutura do prédio do IFCS-IH e a greve como forma de luta estudantil. “Aprovada por 99 Votos (3 contrários e 2 abstenções) a assembleia reafirmou a tradição de luta dos estudantes da UFRJ e aprovou a deflagração da greve a partir da próxima segunda-feira, 27.
Serviço Social: estado de greve – Também realizada no dia 20. O CA de Serviço Social informa que, na parte da manhã foi aprovado estado de greve e, no curso noturno, greve imediata. A assembleia também aprovou paralisação dos estudantes na quinta-feira e sexta-feira, 23 e 24 de maio.
SERVIÇO Social e História: assembleias cheias
PROTESTO na EBA
Fotos e vídeos: Regina Rocha, CAEBA, CAs e DCE