Governo apresenta proposta que será submetida às bases

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Na segunda-feira, 27 de maio, às 14h, assembleia simultânea no auditório do bloco A do CT, no Fundão, e no auditório do IPUB, na Praia Vermelha

Na 5ª reunião da Mesa Específica e Temporária de Negociação com o Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI), na terça-feira, 21, o governo manteve sua posição de reajuste zero para este ano, 9% em 2025 e alterou de 3,5% para 5% o reajuste de 2026. Nas negociações não foram mencionados os pontos acordados com o Grupo de Trabalho e Aprimoramento da Carreira.

A proposta do governo está sendo avaliada por nova roda de assembleias da base da categoria nacionalmente. levada à assembleia para avaliação da categoria.

O secretário de Relações do Trabalho, José Lopes Feijóo, informou que essa seria a última proposição de  reajuste do governo, e estipulou prazo até a primeira semana de junho para que fosse dada uma resposta, inclusive sobre a continuidade da greve.

 SuperLive

A dirigente do Sinasefe, Teresa Bahia, foi a mediadora da Live, detalhando a proposta apresentada pelo governo e informando que não foi considerado o relatório consensuado do Grupo de Aprimoramento, o qual teve a participação de todos os atores envolvidos na negociação, o governo aí incluído.“O protesto em Maceió representa a nossa indignação. A educação federal que foi menina propaganda do governo não está tendo o mesmo aceite da campanha”, observou Teresa.

Um dos representantes do Andes, Diego, informou que nos último 10 anos a educação federal perdeu quase 90% de seu investimento aliado a verba de custeio que veio caindo também. Ele refletiu sobre o movimento de greve da educação federal nesse momento afirmando que o que unifica professores e técnico-administrativos são principalmente as condições de trabalho.

A postura do governo também provocou muita indignação dos dirigentes na SuperLive.

“A proposta foi muito pior do que achávamos. Zero por cento é nada. Estamos há 70 dias em greve e o governo vem com essa proposta completamente rebaixada.  O que pode sensibilizar esse governo? Parece que o governo esqueceu todo o calvário que vivemos no governo passado, sem reajuste, sem mesa de negociação, sem esperança de qualquer avanço. Os 9% dados como reajuste emergencial foi para não fazermos uma greve imediatamente no início do governo.  É uma proposta muito ruim, principalmente para quem mais precisa de dinheiro como aqueles que tem filhos, netos e que as famílias dependem de seus aposentados. A greve deve continuar porque não houve melhoria na proposta. Queremos dinheiro esse ano. Temos pressa, pois temos uma categoria que vive de consignado e que dirá de agiota. É muita precarização. A maioria mora longe de seu local de trabalho, perde muito tempo no trânsito. É uma situação massacrante a que estamos vivendo. As pessoas estão adoecendo e a universidade está completamente desestruturada. É um escárnio do governo com a categoria e com os aposentados” desabafou o coordenador de Comunicação Sindical do Sintufrj, Cícero Rabelo, que participou da SuperLive.

Ao fim da live o dirigente do Sintufrj deu seu recado.

“Hoje foi um dia de indignação e vamos transformar nossa indignação em vitória. Não vamos aceitar esse ultimato. Zero por cento não vamos aceitar. Vamos continuar lutando”, afirmou Cícero Rabelo.

 

Revolta no MGI

Os dirigentes da Fasubra e do Sinasefe que participaram da mesa de negociação, Ivanilda Reis, Loiva Chansis e David Lobão, externaram também a sua revolta e indignação aos companheiros em frente ao MGI, após a reunião.

“Essa revolta e indignação de vocês é a mesma que nós sentimos na mesa de negociação. Feijóo disse que era a última proposta colocada pelo governo e que não ia mais apresentar nenhuma proposta. Isso não é uma negociação. É uma imposição. Não deu nenhum espaço de diálogo. Fomos mais uma vez desrespeitados nessa mesa. A proposta nos mantém no pior salário do Executivo e não apresenta reestruturação de fato da nossa carreira. Não há avanços. E quem vai decidir os rumos de nosso movimento não é o Feijóo é e nem a Fasubra, são vocês. Vamos para as assembleias. Vamos avaliar o que foi apresentado e vamos responder ao governo. Quem decide prazo para terminar a nossa greve somos nós técnico-administrativos em educação”, afirmou a coordenadora-geral da Fasubra Ivanilda Reis.

Até apelar para a tragédia no Rio Grande do Sul o governo lançou como argumento para não ter dinheiro para atender pelo menos as principais reivindicações da categoria.

“O governo começa mais uma vez fazendo chantagem com o movimento. Exigiu que desligássemos nossos celulares, isso não é postura de governo que se diz democrático. Teve a coragem de fazer chantagem utilizando o Rio Grande do Sul, pois tinha de mandar dinheiro para lá. E como gaúcha disse que não admitia qualquer chantagem com o meu estado. O governo tem dinheiro sim para nosso reajuste, só que tem prioridade que é a dívida com os banqueiros. Sua prioridade não é a educação. Dizemos para o Feijóo quem termina a greve somos nós”, anunciou a coordenadora-geral da Fasubra Loiva Chansis.

O coordenador-geral do Sinasefe, David Lobão,disse que o governo quer é destruir a carreira dos técnico-administrativos em educação. Ele chamou a responsabilidade da categoria em manter a greve forte, fazer crescer e forçar o governo a recuar. A base do Sinasefe tem quase 500 campi paralisados.

“O governo fez provocações. Primeiro disse que a proposta era a última. Não teria mais nada depois dela. Foi um ultimato. Respondemos que a história dele o condenava e como operário teve um patrão a lhe dizer que era a última proposta, mas os metalúrgicos continuaram em greve eo patrão foi obrigado a apresentar uma nova proposta. Nos vamos continuar em greve. Segundo, disse que era uma disputa de orçamento e que eles chegaram ao limite. Não é verdade. O governo está apresentando proposta para três anos e está falando deorçamento que nem sequer começou a discutir que é o de 2026. Não é disputa de orçamento é uma estratégia para destruir essa carreira do PCCTAE. É isso que ele quer. Terceirizar como está fazendo com as universidades e institutos federais”, disse. (fotos: Elisângela Leite)

 

 

Proposta apresentada

1 – Tabela lateralizada

2 – 2024 – 0%

2025 – 9%

2026 – de 3,5% para 5%

3 – Mantem as 5 classes (A, B, C, D, E) com piso do nível E

A – 35% do piso do nível E

B – 40% do piso do nível E

C – 50% do piso do nível E

D – 61% do piso do nível E (de 60% anteriormente proposto para 61%)

4 – RSC – Joga para o futuro indicando que será discutido no MEC

COORDENADORA GERAL DA FASUBRA, IVANILDA REIS, fala à militância depois da reunião com o governo

 

MARCELO ROSA, da direção da Fasubra, analisa proposta rebaixada apresentada no Ministério da Gestão e Inovação
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