Estudantes da UFF e da Unirio em greve amplia força da paralisação de técnicos e docentes
A greve unificada dos três segmentos da comunidade universitária das universidades e institutos federais vem tomando corpo. O movimento nacional foi deflagrado pela categoria técnico-administrativa em março sendo seguido pelos docentes em abril.
Os estudantes, por sua vez, em suas assembleias, declararam apoio ao movimento paredista, e em algumas universidades juntam-se à greve numa mobilização unificada pela recomposição orçamentária das instituições de ensino.
No Rio de Janeiro é o caso da UFF e da Unirio. Os comandos locais de greve das categorias estão também reivindicando a suspensão do calendário acadêmico.
Unirio
Na Unirio, a greve estudantil foi aprovada em assembleia realizada em 30 de abril com mais de 600 alunos com o objetivo principal de reforçar a luta pela recomposição do orçamento das universidades. O movimento foi deflagrado dia 2 de abril. Desde a adesão dos estudantes os comandos locais de greve dos três segmentos têm realizado atividades unificadas.
Na terça-feira, 7 de maio, os comandos entregaram oficio solicitando convocação do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) extraordinário com pauta única para debater a suspensão do calendário acadêmico. Essa é uma reivindicação que vem sendo construída pelos três segmentos em suas assembleias e comandos de greve. O reitor, por sua vez, marcou o Consepe para 14 de maio.
UFF
Na UFF os estudantes deflagraram greve em 11 de abril em assembleia realizada em Niterói. A recomposição orçamentária é um dos principais pontos da pauta de reivindicações que é composta de 15 pleitos. Os comandos de greve dos três segmentos da UFF também reivindicam a suspensão do calendário acadêmico em virtude da greve de técnico-administrativos, professores e estudantes.
Na reunião do Conselho Universitário da UFF desta quarta-feira, 8, que foi acompanhada conjuntamente pelos três segmentos na sede da Aduff, os conselheiros reiteraram a preocupação com o orçamento da universidade, mas a suspensão do calendário como indicação ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEPEX) foi rejeitada numa votação acirrada.
A iniciativa não é inédita na universidade. Na greve docente de 2012, o então Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) aprovou a suspensão do calendário letivo da UFF, seguindo o que fora indicado pelo Conselho Universitário em relação ao calendário e a greve.
Nesta quinta-feira, 9, técnico-administrativos, professores e estudantes farão pela manhã ato unificado em frente a Reitoria da UFF pela recomposição orçamentária e suspensão do calendário acadêmico, e a tarde seguem para o Ato Unificado da Educação do Rio de Janeiro. Eles já se organizam para estarem na próxima reunião do Cepex dia 15 de maio.