Sintufrj e CLG pedem que resposta seja divulgada nos mesmos canais em que a nota da PR-2 e SGTiC foi enviada

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Comando Local de Greve (CLG) convoca para assembleia-ato, na quarta-feira, 5 de junho, às 9h30, na entrada do Bloco A do CCS, com participação da educação em greve

O Comando Local de Greve, Sintufrj, Adufrj, DCE Mário Prata e Associação de Pós-Graduandos se reuniram com a Reitoria e alguns do pró-reitores, por mais de duas horas, nesta terça-feira, dia 28, na retomada da mesa de negociação permanente, como foco no debate das atividades essenciais.

O CLG apresentou documento aprovado na assembleia do dia 27 que expressa a indignação da categoria sobre a nota emitida dia 24 pela Pró-Reitoria de Pós-graduação e Pesquisa, e pela Superintendente Geral Superintendência Geral de Tecnologia de Informação e Comunicação (SG-TIC), dirigida a comunidade.

Leia a íntegra em:

Resposta à carta da PR-2

A nota da PR2 e SGTIC menciona preocupação em relação a um edital de bolsas de iniciação científica (Pibic) de 2024.  Explica que é necessário processo seletivo interno que requer sistema específico (o anterior, segundo a nota, não atenderia e um novo estaria em desenvolvimento). Mas que, no contexto da atual greve, “apesar de nossos diversos apelos”, a atividade não teria sido considerada essencial pelo CLG. Por isso, a PR e a SG ao DCE, APG e Adufrj, para mediarem a solicitação ao CLG para “superar o impasse”. Porque poderia se perder o acesso às bolsas por 3 anos, o que representaria dezena de milhões de reais.

Não condiz com fatos

O CLG mostrou que a informação não condiz com os fatos. Relacionando todo processo tratado entre a Reitoria e o CLG, desde 26 de março, quando  se reuniram para apresentar a pauta de essencialidades, a nota do movimento mostra que não é verdade que o CLG tenha considerado a atividades como não essencial. “O que de fato ocorreu é que até o momento não se chegou a uma definição. Por outro lado, foi passado a PR-2 a necessidade de uma nova reunião e a possibilidade de uso do sistema antigo, o que na prática indica o compromisso dos/as trabalhadores e trabalhadoras e do CLG em encontrar uma solução mediada para o caso”, esclarece o CLG.

O Comando esclarece ainda que o documento da PR-2 e SG-TIC, além de desrespeitoso, por tentar interferir nos encaminhamentos decididos pela categoria em suas assembleias, uma vez que “solicita a intermediação do DCE, APG e Adufrj”, é também inverídico, na medida em que não considera que toda e qualquer decisão tomada pelo CLG, baseia-se em reuniões nos respectivos locais de trabalho.

“O CLG sempre esteve aberto ao diálogo e às negociações, tanto em suas reuniões quanto nas assembleias da categoria”, diz o texto, que reivindica direito de resposta com a divulgação da sua nota a toda comunidade universitária por e-mail através do SIGA.

“As ações do Comando de Greve são respaldadas pela categoria. Deixamos isso muito claro para a Reitoria: toda ação da Comissão de Ética é respaldada pela Assembleia”, disse Francisco de Assis, coordenador da Fasubra.

Audiência

Francisco  apontou que a nota ataca todo movimento e a greve da categoria, E propôs a construção de “pontes ao invés de muros” e reiterou o pedido apresentado já há algumas semanas de construção de uma assembleia comunitária, O reitor Ricardo Medronho informou que está pensando um modelo de audiência pública, para a qual deverá ser convocada toda imprensa, com a participação do corpo social representado pelas entidades.

Pauta interna

O CLG e a coordenação do Sintufrj apresentaram à Reitoria a pauta interna formulada em reuniões do Comando Local de Greve e na assembleia, com itens importantes relativos a questões de infraestrutura, grau de insalubridade, à formação e à qualificação. “Essa pauta foi protocolada e vamos, a partir de agora, cobrar o retorno quanto às reivindicações”, disse o coordenador geral Esteban Crescente, que reforçou o pedido de uma assembleia comunitária para unificar a comunidade acadêmica, com a participação dos segmentos e das suas entidades representativas para apresentar a grave situação da UFRJ,

O coordenador, logo na abertura da reunião, lembrou que a luta pela recomposição da perda salarial acumulada é também contra a evasão de quadros qualificados da universidade, disputados pela iniciativa privada com melhores salários. Lembrou que o governo anunciou o repasse de R$ 347 milhões de reais para as universidades em maio; R$ 13 milhões dos quais para UFRJ. “Podemos ou não dizer que é “culpa” da greve? A gente tem certeza de que é. Porque foi um momento de alta pressão após a segunda jornada de lutas em Brasília. Então, unificou a pressão dos trabalhadores em greve, junto com a pressão da Andifes sobre o governo para liberar esse recurso.”, disse ele, citando outros efeitos, ainda que insuficientes (porque a negociação ainda está em curso) que foram conquistados, inclusive para docentes, “Uma greve que inspirou o movimento grevista docente, e atraiu a simpatia do movimento estudantil.  O resultado está aí: R$342 é pouco, mas é um pouco mais. A força de uma greve que se iniciou com os TAE e arranca ganhos que os docentes não teriam se não tivesse greve esse ano”, disse ele, lembrando que este é um momento decisivo (nesta quarta-feira, dia 29, será apresentada a contraproposta do movimento).

Processo não foi negado: está em negociação

“Nós trouxemos nossa indignação enquanto Comando Local de Greve e apresentamos os documentos aprovados na assembleia, principalmente em relação à nota da PR-2 SGTIC que não condizem com a verdade porque o processo relacionado com a PIBIC está em negociação, então não foi negado”, reiterou a coordenadora geral do Sintufrj Marta Batista, argumentando como a categoria se sentiu desrespeitada com a postura da Reitoria em culpar a greve por tal precariedade estrutural da universidade.

“Cobramos uma postura de respeito em relação à nossa entidade, ao movimento sindical e à nossa categoria e buscamos restabelecer pontes. A gente saiu com a próxima reunião marcada para o dia 18 de junho (às 11h30), A gente considera é importante que aconteça essa próxima reunião, em que a gente vai seguir trazendo as pautas da nossa categoria para a reitoria e para as demais entidades.

Por fim, as lideranças convocaram a categoria para a grande assembleia ato, na quarta-feira, 5 de junho, às 9h30, na entrada do Bloco A do CCS,

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