Profissionais consideram proposta de reajuste de 2% como “assédio econômico”
A maioria das assembleias gerais dos trabalhadores da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) deliberou pela deflagração de greve, por tempo indeterminado, diante da proposta de reajuste de 2% apresentado pela empresa. A categoria está classificando o percentual como “assédio econômico”. Nas redes sociais a #AssédioEconômicoNão tem sido usada.
O movimento envolve trabalhadores de 17 estados e o Distrito Federal. Em Santa Catarina a greve foi iniciada dia 2 de maio. Nos estados do Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Carlos-SP, Sergipe e Tocantins a paralisação será iniciada a partir da segunda-feira, dia 6 de maio.
Na última reunião de negociação, realizada dia 30 de abril, a direção da Ebserh apresentou um novo índice de 2,50% como alternativa à proposta inicial de 2,15%, rejeitada por maioria absoluta da categoria. Nesta mesa, a empresa ainda apresentou proposta de um acordo de ACT bienal, ou seja, que seria válido por dois anos. Sendo que no período de 01/03/2025 a 28/02/2026 ofereceria 80% do INPC do período. A proposta não foi suficiente para que as entidades nacionais representativas dos trabalhadores -Condsef/Fenadsef – apresentassem um novo posicionamento dos trabalhadores.
Até o dia 6 de maio a Ebserh se comprometeu a tentar um novo diálogo com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) com o objetivo de buscar melhora no percentual apresentado. A Condsef/Fenadsef reforçou que no próprio dia 6 a categoria pode fazer uma avaliação nova, caso a empresa tenha algo a apresentar de diferente e que possa dissolver o impasse instalado no processo de negociações do ACT 2024/2025.
Em comunicado, a Ebserh disse que vai ingressar com pedido de mediação no Tribunal Superior do Trabalho (TST). O indicativo de greve segue mantido.
No Antônio Pedro, representante da Ebserh falta a reunião
Uma audiência entre o Comando Local de Greve (CLG) do Sintuff, Reitoria e Ebserh, marcada para este 2 de maio, teve de ser cancelada devido a ausência da superintendente do Hospital Universitário Antônio Pedro (Huap), Verônica Miranda. O Huap passou para a gestão da Ebserh há alguns anos.
A reunião trataria de diversos temas relacionados à greve e também à pauta de reivindicações local dos trabalhadores estatutários do hospital. A representação do Comando de Greve do Sintuff interrompeu qualquer diálogo com a administração sobre outros temas relativos à greve enquanto a categoria não for recebida conjuntamente pelas gestões da UFF e do Huap. O CLG denunciou que este foi o terceiro cancelamento de audiência.