Assembleia simultânea no Fundão, em Macaé e na Praia Vermelha nesta segunda-feira, dia 1º, organiza saída da greve
Fasubra, Andes e Sinasefe assinaram, no início da noite desta quinta-feira, dia 27, o acordo de greve com o governo. A FASUBRA foi representada pela Coordenadora Geral, Cristina Del Papa.
Com isso, os trabalhadores se preparam para retornar ao trabalho. Na UFRJ assembleia nesta segunda-feira, 1º de julho, decide quando é como será a saída da greve. A assembleia será simultânea, às 9h30, no Fundão (auditório do bloco A do CT), Praia Vermelha e Macaé. Na pauta, além do encerramento da greve, organização de recomposição de atividades, pauta interna e agenda de luta.
O acordo foi firmado depois de 106 dias de greve dos técnicos-administrativos em educação (85 das demais categorias). Liderenças sindicais estiveram no Ministério da Gestão e Inovação para assinatura do documento com direito à presença dos ministros Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Camilo Santana (Educação), além do secretário de Relações de Trabalho do MGI, José Feijóo, escalado para negociar com os servidores.
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Momento importante
Cristina enfatizou que embora haja avanços, as conquistas são insuficientes porque a categoria não conseguiu o atendimento de toda pauta. Também a importância da derrota do fascismo, com a eleição de um governo democrático que tornou possível esse processo negocial por meio das mesas “nas quais ainda teremos um longo caminho para a construção das soluções, para o aumento do orçamento das instituições de ensino, para consolidar as relações democráticas em especial nos órgãos colegiados nas universidades”.
Destacou que os servidores técnicos administrativos em educação conquistam nesta greve – um movimento forte no Brasil inteiro – mais um degrau no reconhecimento de sua identidade. E agradeceu aos que atuaram pelo êxito da negociação, citando companheiros que estavam na cerimônia com ela: as coordenadoras-gerais da Fasubra Ivanilda Reis e Loiva Chansis, e os representantes da Coordenação Jurídica e Relações de Trabalho, Marcelo Rosa e Daniel Soares.
A ministra Esther Dweck apontou a importância do processo até a assinatura do acordo, para ela, também, um momento muito importante. Mas lembrou que a luta pelo serviço público e pela Educação continua. Camilo Santana ressaltou o resultado da construção coletiva, do diálogo e o esforço para se chegar ao acordo. E concluiu afirmando que não se tem educação de qualidade sem valorizar professores e servidores.
Mobilização continua
O coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente parabenizou os companheiros que lutaram pela greve da Educação, em especial a categoria técnico-administrativa em Educação. “Não fosse está luta, os ajustes em 2025 e 2026 somariam 9%. A greve garante uma reestruturação que trará ganhos entre 14,5% e 60% em dois anos (a depender de cargo, tempo de carreira e aplicação de incentivo a qualificação para ativos, aposentados e pensionistas), além da regulamentação do RSC (Reconhecimento de Saberes e Competências), como alternativa de valorização. Temos que ficar em permanente mobilização na vigilância das conquistas da greve. Não conquistamos nossa pauta máxima. Mas o que conquistamos faz diferença e soma a retomada da força e organização do movimento da Categoria”, disse ele, conclamando a continuidade da luta: “Temos que tomar as ruas para denunciar a política de arcabouço fiscal e do poder do Centrão sobre o orçamento. Denunciar o sistema da dívida pública que beneficia em especial os banqueiros”.
CNG analisou minuta final
Segundo a Fasubra, na manhã e início da tarde desta quinta-feira, 27, o Comando Nacional de Greve da FASUBRA realizou nova reunião com o objetivo de análise final da minuta do acordo com o governo, abrindo o debate sobre a assinatura ou não, com os resultados das assembleias de base que chegaram até às 15h. Dos 48 sindicatos de base, a maioria optou pela aceitação da assinatura do acordo com o governo. (Fotos: FASUBRA).
Um dia antes, o governo havia enviado, a pedido do CNG, uma minuta do acordo. Mas o texto foi considerado incompleto, com erros e omissões. O Comando se dedicou a corrigir o documento, destacando as omissões e, em conjunto com o Sinasefe, solicitando a correção ao governo.
Para o coordenador de Comunicação da Fasubra Francisco de Assis, a minuta final atendeu ao que o Comando Nacional de Greve pactuou com o Sinasefe e com o governo. “O governo se curvou a nossa reivindicação e redigiu (o acordo) do jeito que as entidades reivindicaram”, avaliou.
REUNIÂO do CNG avaliou minuta
DELEGAÇÂO da UFRJ no CNG
MOMENTO da assinatura. Esta e mais imagens da cerimônia estão em https://www.instagram.com/fasubrasindical/
A LUTA continua, alertam manifestantes no MGI
Como o acordo repercute na tabela
Confira na página do Sintufrj no Youtube a explicação do CLG (começa pouco depois de 20 minutos de iniciada a assembleia do dia 19) ou pela edição do Jornal do Sintufrj disponível no site da entidade. O link do vídeo é https://www.youtube.com/watch?v=iqFyIJH7MZg.
No que diz respeito a itens econômicos, ativos e aposentados na proposta atual, entre janeiro do ano que vem até abril de 2026, terão ganhos entre 14,8% e 65%. Vai depender de onde se está na carreira, qual o cargo, tempo de casa, formação, entre outros elementos. E se há incentivo à qualificação. A partir desses três fatores, pode-se dizer quanto você vai ganhar em janeiro e em 2026.
Leia no site do Sintufrj matéria sobre ganhos da greve:
REPRESENTANTES da Fasubra, Sinasefe e Andes e do governo juntos ao final da cerimônia