Categoria mantém greve e agenda novas ações políticas

Compartilhar:

Na manifestação unificada de servidores federais em greve e estudantes foi convocada para próxima terça-feira, 11 de junho

A assembleia-ato da quarta-feira (5) que antecedeu a manifestação unificada dos servidores da educação federal do Rio (5) na entrada do Centro de Ciências da Saúde (CCS), – em frente da entrada principal do Hospital Universitário –, deliberou, por unanimidade, pela continuidade da greve na UFRJ, aprovou o calendário de lutas elaborado pelo CLG, e a participação na manifestação unificada dos servidores e estudantes em greve no Rio de Janeiro, no dia 11 (terça-feira), às 16h, no centro do Rio de Janeiro. Nesse dia, em Brasília, as entidades (Fasubra e Sinasefe) estarão reunidas com os representantes do governo (MGI) para mais uma rodada de negociação – que pode ser a última.

Esta assembleia, iniciada às 10h, foi o ponto de encontro dos técnicos-administrativos e professores em greve nas universidades e institutos federais, e Colégio Pedro II, no Rio de Janeiro, para a realização da mais importante ação de mobilização conjunta do movimento grevista atual até agora e que resultou no fechamento ao tráfego da Linha Vermelha (pista em direção ao Aeroporto Tom Jobim).

O ato foi convocado pelos seguintes sindicatos: Sintufrj, Sintuff, Assunirio, Sintur, Sindiscope, Sintifrj e pelos DCEs Mario Prata, da UFRJ,  e DCE da Unirio.

“O Comando Local de Greve da UFRJ reafirma a importância desta atividade para chamar a atenção da sociedade e reafirmar ao presidente Lula que ele precisa ouvir os servidores e estudantes”, resumiram no carro de som os dirigentes do Sintufrj, Esteban Crescente, e da Fasubra, Francisco de Assis.

Representatividade

Representantes das entidades e lideranças estudantis se manifestaram durante a assembleia-ato do Sintufrj. A aprovação pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) do projeto de lei que entrega a gestão administração de pelo menos 200 escolas públicas à iniciativa privada foi criticada diversas vezes por dirigentes sindicais.

“Nossa solidariedade aos estudantes do Paraná e ao técnico-administrativo, Pedro Lanna, que ainda se encontra detido pela polícia paranaense por participar da manifestação na Alep. Existe política de desmonte do serviço público. A falta de reajuste salarial faz parte da precarização da educação e da saúde. Essa greve é responsabilidade do governo Lula”, afirmou o representante do Sintuff.

“Vamos construir um grande dia de luta em 11 de junho, e essa greve só acaba quando a educação pública for respeitada”, garantiu uma docente do Cefet-RJ.

“Até o momento, 61 instituições federais, entre universidades, centros e instituto estão em greve. O Paraná é uma comprova que o processo de privatização da educação pública está em curso”, alertou o Andes-RJ. “Estamos juntos na luta pela educação pública de qualidade. Não vamos aceitar zero de reajuste em 2024”, acrescentou uma das lideranças, da categoria na Universidade Rural.

Do dirigente da Asunirio: “A cada resposta de reajuste zero em 2024 a greve cresce com a adesão de muitos colegas. Essa pode ser a greve mais longa da história dos técnicos-administrativos em educação”.

DCE Mário Prata: “Estamos juntos na luta pela recomposição orçamentárias das universidades, institutos, colégios e centros. Quando chove, não dá para ter aula na UFRJ. Tetos de unidades estão caindo, falta luz e corremos risco físico. Lula tem que cumprir o que prometeu para a educação e a saúde públicas. A luta unificou, é estudante junto com trabalhador!”

“É muito importante construir a luta conjunta. Ontem foi o Paraná, amanhã seremos nós. O desmonte da educação pública é uma realidade no estado do Rio de Janeiro com o governador  Claudio Castro”, denunciou uma docente da Uerj.

CALENDÁRIO DE LUTA

Sexta 07/06 às 10h na Câmara Municipal do Rio: “UFRJ pede socorro” – atividade da frente parlamentar em defesa das instituições de educação sobre orçamento e os problemas estruturais na UFRJ.

Terça-feira 11/06  das 8 h às 16h Dia Olímpico do Trabalhador / Ás 17h, na CANDELÁRIA,ATO UNIFICADO DA GREVE DA EDUCAÇÃO

Quarta-feira 12/06 Assembleia

Quinta-feira, às 9h30, reunião do Conselho Universitário

 

FOTOS ELISÂNGELA LEITE

ASSEMBLEIA ANTECEDEU a grande marcha que teve objetivo de fortalecer a visibilidade da greve que já caminha para 90 dias Foto Elisângela Leite
ASSEMBLEIA teve como parte da moldura o Hospital Universitários Clementino Fraga Filho (HUCFF)

 

COMENTÁRIOS