Acaba a greve na UFRJ

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Mas mobilização continua até finalização do acordo assinado entre governo e Fasubra. Volta ao trabalho nesta terça-feira (2)

Após mais de 100 dias de greve, os técnicos administrativos em educação da UFRJ aprovaram em assembleia simultânea (Fundão, Praia Vermelha e Macaé)  a proposta do Comando Nacional de Greve (CNG/Fasubra) de suspensão do movimento grevista, iniciado em 11 de março. A categoria retornou ao trabalho nesta terça-feira (2).

A decisão do CNG enviado às bases da Fasubra ocorreu após a assinatura do Termo de Acordo nº 11/2024, entre a entidade nacional da categoria e o Sinasefe com o governo federal, na quinta-feira, 27 de junho. Mas a mobilização que sustentou os quase quatro meses de greve continuará pelos próximos 180 dias.

Esse é o prazo para fechamento das propostas que deverão sair dos grupos de trabalho formados pelas entidades e o governo, sobre os itens acordados entre as partes para discussão e acertos posteriores.

Retorno sem conflitos

De acordo com a cláusula 14ª do acordo assinado, a reposição dos dias parados deverá ocorrer sem conflitos. Diz o texto: “a compensação de trabalho em decorrência da participação em movimento grevista observará aspectos qualitativos, com a reposição das atividades represadas, conforme plano de trabalho a ser pactuado entre as entidades representativas da categoria e sua instituição”.

Em relação à greve atual, a assembleia geral aprovou que a discussão sobre a prioridade das tarefas elencadas para reposição em cada setor deve ser feita com a participação das equipes de trabalho, e,se for necessário, o Sintufrj acompanhará.

Seis meses de expectativas

O trabalho pós-greve começa na quinta-feira, 11, data para elaboração do novo projeto de lei que substituirá o atual (PCCTAE) nº 11.091/2005, a ser enviado para aprovação do Congresso Nacional, e início das reuniões dos grupos de trabalho. Portanto, os próximos seis meses serão de muita expectativa por parte da categoria.

Uma das decisões da assembleia foi manter o CLG como Comitê de Mobilização Sintufrj. Desta forma, os trabalhadores na UFRJ poderão participar ativamente da finalização das pendências do acordo já assinado. A primeira reunião será no dia 15 de julho, às 14h, no Espaço Cultural.

Algumas deliberações  

. Abertura de espaço democrático de uma página no Jornal do Sintufrj para cada movimento organizado possa divulgar suas avaliações sobre a greve.

. Encaminhar ao GT Carreira Sintufrj o debate de uma proposta de adicional por permanência, que é diferente do abono de permanência. Esse adicional seria o pagamento de mais um step a cada avaliação de desempenho para o técnico administrativo que já finalizou a carreira de progressões.

. Agendar debate sobre o projeto de fim dos pisos constitucionais mínimos nas áreas sociais.

. Elaborar e pôr em prática uma campanha de filiação ao Sintufrj.

. Organizar oficinas por centros para explicar os termos do acordo, tabelas etc.

. A assembleia referendou a proposta do GT Mulher de participar do 3º Encontro da Marcha Mundial de Mulheres, de 6 a 9 de julho, em Natal (RN), com três companheiras — duas da base: Marisa Araujo e Lenilva, e uma da direção do Sintufrj, Fátima Rosane –, dependendo de saldo positivo na conta Fundo de Greve.

Calendário  

Quinta-feira, 4/7: Às 16h, reunião híbrida para discutir e formular documento sobre capacitação e apresentá-lo à Pró-Reitoria de Pessoal. Local: Espaço Cultural do Sintufrj.

Segunda-feira, 15/7: Às 14h, reunião do Comitê de Mobilização do Sintufrj, no Espaço Cultural da entidade.

Terça-feira, 16/7: Às 16h, reunião híbrida no Espaço Cultural do Sintufrj para fechar a proposta sobre Capacitação, que será levada à assembleia do dia 17/7, e apresentada no Conselho Universitário até 8 de agosto.

Quarta-feira, 17/7: às 10h, assembleia-geral simultânea e on-line do Sintufrj para definir posição da categoria na UFRJ sobre o modelo de Reconhecimento de Saberes e Competências (RSC).

 

 

 

 

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