Julho das Pretas: feminista e antirracista

Compartilhar:

Grupos de Trabalho do Sintufrj organizam participação na manifestação e potencializam pauta contra violências alimentas por preconceitos

Fotos: Elisângela Leite

Os Grupos de Trabalho Antirracista e de Mulheres do Sintufrj reuniram-se de forma híbrida para organizar as atividades do Julho das Pretas que, em sua 12ª edição, se consolida como uma das maiores agendas políticas feministas da América Latina. O objetivo do Julho das Pretas é fortalecer a inserção política e social das mulheres negras no Brasil.

As atividades do Julho das Pretas que traz mais uma vez o tema “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver” já estão ocorrendo em diversas partes do país com mais de 500 atividades envolvendo 250 organizações.

No Rio de Janeiro, a marcha que será realizada no domingo, 28, em Copacabana, é organizada pelo Fórum Estadual das Mulheres Negras. Os Grupos de Trabalho Antirracista e de Mulher do Sintufrj imbuídos dessa luta organizaram uma agenda para mobilizar as mulheres da UFRJ.

Para quinta-feira, 25, foi programada uma roda de conversa em celebração ao Dia da Mulher Negra, Latino-Americana e Caribenha com várias abordagens.  No dia 28 as mulheres da categoria participam da 10ª Marcha da Mulheres Negras do Rio de Janeiro em Copacabana. No dia 31 ocorrerá a live sob o tema “Mulheres Negras na Política”. Na marcha o Sintufrj organizará um ponto de encontro e levará faixas e adesivos.

Origem

O Julho da Pretas foi criado inicialmente para demarcar as lutas em torno do 25 de julho – Dia Internacional da Mulher Negra Afro-Latino-Americana e Caribenha e, desde 2015 Dia Nacional de Tereza de Benguela -, e se transformou em um marco da  política feminista negra, que abrange desde a Amazônia até o Sul do Brasil.

O mote “Mulheres Negras em Marcha por Reparação e Bem Viver” do Julho das Pretas mobiliza e provoca mulheres e meninas negras a articularem o projeto de reparação histórica pelos danos causados pelo colonialismo e escravização do povo preto. O tema também aciona o paradigma do Bem Viver – pactuado pelo Movimento de Mulheres Negras na Carta da Marcha Contra o Racismo, a Violência e pelo Bem Viver de 2015 – que rejeita o modelo desenvolvimentista violento do capitalismo e propõe uma outra dinâmica política, através da superação do racismo, do sexismo, da LGBTIQIA+fobia e de todas as formas de discriminação.

GT Anterracista.
Rio, 18/07/24
Foto Elisângela Leite

 

 

COMENTÁRIOS