Defesa do mandato de Glauber Braga une a esquerda

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Centenas de pessoas foram à ABI no ato de solidariedade ao parlamentar. Além de partidos, sindicatos (entre os quais o Sintufrj) e movimentos sociais participaram

FOTOS: ELISÂNGELA LEITE

O ato em defesa do mandato do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ), realizado na noite desta quinta-feira (19), na sede da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, apresentou uma experiência inédita nos tempos recentes: a unidade de todas as forças comprometidas com a democracia e os interesses populares.

Foi uma espécie de frente de esquerda diante do entendimento de que a defesa do mandato deste combativo parlamentar no Congresso é uma disputa com o fascismo bolsonarista e o fisiologismo corrupto expresso no presidente da Câmara, Arthur Lira – a nefasta figura que comandou o seqüestro do orçamento do país. Glauber fica! Fora Lira! foi o grito!

O deputado Glauber Braga, do Psol, eleito com 78 mil votos, está sendo investigado por quebra de decoro parlamentar pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados e pode ter o seu mandato cassado. Nos próximos 40 dias, o inquérito seguirá o seu caminho depois que a denúncia contra ele foi aceita pela tal Comissão de Ética.

A deputada Luiz Erudina (Psol-SP), símbolo da resistência  democrática no Brasil, esteve na ABI, e deu a dimensão do significado do que estava acontecendo naquele ato: a luta contra as forças reacionárias que oprimem o povo brasileiro.

Além dos partidos (Psol, PT, PDT, PC do B, PSTU, Rede, PCB, UP), a manifestação na ABI reuniu movimentos sociais e sindicatos. O Sintufrj, por meio de seus dirigentes, marcou presença representando os trabalhadores da UFRJ.

Há algum tempo não se via mobilização tão robusta da esquerda no Rio de Janeiro. Os organizadores estimam que cerca de duas mil pessoas foram ao evento. Centenas não conseguiram chegar ao auditório do 9 andar da ABI. O deputado teve que descer para falar com muita gente no saguão do prédio da associação.

O que aconteceu

Em abril de 2024, um provocador do MBL foi retirado a força da Câmara por Glauber Braga. O fascista havia ofendido a mãe do parlamentar que estava hospitalizada à época. Ela faleceu dias depois.Na semana passada, o Conselho de Ética abriu investigação contra o parlamentar por “quebra de decoro”. A inconsistência da acusação caracteriza a perseguição contra Glauber – numa articulação do presidente da casa, Arthur Lira, que quer sua cassação.

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