A reunião do GT Antirracista do Sintufrj, na quarta-feira, 25 de setembro, passou a limpo o conceito racismo estrutural na sociedade brasileira. O tema surgiu durante a leitura coletiva do texto sobre a história da Frente Negra Brasileira, uma organização criada em 1931, em Campinas, São Paulo, que se expandiu por outros estados. A frentenegrina, conforme a FNB era identificada pelos seus mais de cerca de 200 mil sócios, fez pela população negra após o fim da escravidão dos africanos no país, o que o governo das elites brancas na época não fez.
“O objetivo formal da FNB era a afirmação dos direitos históricos da gente negra e a elevação moral, intelectual e social da população negra”, diz Márcio Barbosa, autor do livro “Frente Negra Brasileira — Depoimentos” (Quilombola hoje, 1998).
Hilen Moisés, coordenador do grupo, dividiu com a aposentada do IPPMG, Débora Ferreira Henriques, a leitura do texto. Iniciante no GT Antirracista, a técnica de enfermagem puxou o tema do debate. “O que significa racismo estrutural?”, ela quis saber. “Racismo estrutural está na base da nossa sociedade, explicou Hilen. “No Brasil, o racismo estrutural se perpetua desde o início do século XVI, quando a escravidão foi imposta. A ausência de direitos aos negros após a abolição da escravatura, o massacre da população escravizada e a imposição da cultura dos colonizadores portugueses deixaram uma herança de visão racista de inferioridade”, completam os estudiosos das causas e consequências do racismo.
Um vídeo da CUT Nacional “Pílulas antirracismo” foi exibido no início da reunião, alertando sobre o racismo no local de trabalho e orientando para que esse crime inafiançável não fique impune. O racista tem que ser denunciado!
A leitura do texto Entenda o que foi a Frente Negra, movimento pioneiro criado há 90 anos, é uma ação obrigatória para quem está na luta antirracista e necessita conhecer um pouco da história de resistência à discriminação e opressão do negro no Brasil.
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