FOTOS: RENAN SILVA
“Todos os sonhos são possíveis de serem alcançados. Tudo o que você tem a fazer é continuar se movendo na direção deles.” Com esta frase da atriz e produtora negra norte-americana mais premiada do cinema e do teatro, Viola Davis, a integrante do GT Antirracismo do Sintufrj, Norma Santiago, abriu a reunião especial do grupo de trabalho que celebrou o Dia Nacional da Consciência Negra, nesta quarta-feira, 13, no Espaço Cultural do sindicato. Oficialmente a data é comemorado em 20 de novembro, aniversário da morte de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares.
O tema da atividade “Trajetória de sucesso: os desafios profissionais em uma sociedade racista” reuniu três palestrantes, cujas histórias de vida e o enfrentamento das dificuldades como pessoas negras para alcançar seus objetivos, com dignidade e mantendo a essência de suas origens, emocionaram os participantes do evento. São eles: Vantuil Pereira, decano do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) e ex-candidato a reitor da UFRJ; Verônica Caé, professora adjunta da Escola de Enfermagem Ann Nery, e a advogada trabalhista Mônica Santos, da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB-RJ. O debate foi mediado por Hilem Moises, técnico-administrativo atuante no GT.
Música, arte e dança
A parte cultural teve a apresentação do Projeto Capo UFRJ, que faz parte do Departamento de Capoeira da Escola de Educação Física, Desportos e Dança (EEFDD), coordenado pela professora Livia Pasqua – primeira mulher a assumir o cargo na unidade. “Que navio é esse que chegou agora? É navio negreiro com escravos de Angola” era o refrão da canção que embalou os capoeiristas. Várias companheiras se animaram e entraram na roda mostrando sua ginga.
“Esse é um espaço de muita troca, quando mostramos nosso trabalho e um pouco da nossa cultura. A nossa escola está sem prédio e no momento estamos usando hall do Centro de Tecnologia, às segundas e quartas-feiras, das 17h às 18h20, para aas aulas de capoeira”, disse a professora Livia.
A apresentação da Banda Afro-Reggae Orunmilá, do Catumbi, composta por oito músicos, uma bailarina e duas cantoras, apresentando composições próprias e de outros autores, empolgou e finalizou com muita alegria a homenagem a Zumbi dos Palmares. Valeu, Zumbi!
O colorido da festa ficou por conta dos panos de matizes étnicos transformados em arte nas cabeças das mulheres pela turbantista Rosângela Ronegraça, que faz parte do elenco da Orunmilá.
. Matéria completa na edição do Jornal do Sintufrj 1444.