Sintufrj solicita à Reitoria reunião sobre portaria que determina às unidades divulgação da escala de trabalho
FOTOS RENAN SILVA
A coordenação do Sintufrj realizou, na manhã desta quarta-feira, 6, no auditório do Horto, reunião com trabalhadoras e trabalhadores do Escritório Técnico Universitário (e alguns da Prefeitura). Além das novidades em torno das negociações com o governo sobre a concretização dos termos do acordo fruto da recente e histórica greve da categoria, os coordenadores do Sintufrj Esteban Crescente, Laura Gomes (ambos da Geral) discutiram com os presentes, demandas sobre relações de trabalho.
Estavam lá também os coordenadores Luciano Nascimento (Organização e Política Sindical), João Pereira (Esporte e Lazer), a colaboradora Lenilva da Cruz e a delegada sindical da Prefeitura Alzira Trindade (integrantes do Grupo de Trabalho sobre Carreira do Sintufrj).
Esteban abordou conquistas da greve, não apenas do ponto de vista financeiro, como reajustes de salário (9% em janeiro de 2025 e 5% em abril de 2026) e benefícios (vale-alimentação, creche e saúde). Mas também efeitos na tabela (com aumento da diferença percentual entre os níveis (step), o aumento dos percentuais de correlação entre os níveis A, B, C e D com o nível E, e o fim da correlação indireta dos cursos considerados para o Incentivo à Qualificação, (IQ, agora todos são de correlação direta), entre outras mudanças (que podem ser consultadas na edição do Jornal do Sintufrj nº 1436, no site da entidade).
O coordenador explicou mudanças para o aprimoramento da Carreira e novidades, como a conquista do Reconhecimento de Saberes e Competências (com base na experiência que o servidor adquiriu com seu fazer, equiparado financeiramente ao IQ). E abordou trâmites e prazos-limite para a finalização de projetos de lei e decretos necessários para a formalização das conquistas.
Relações de trabalho
Os coordenadores trataram também de demandas que não se restringem ao setor, mas atingem também trabalhadores de outras unidades. Por exemplo, quanto a portaria da Reitoria de 24 de outubro que determina ao dirigente da unidade fixar em frente ao setor e na página da unidade na internet, o horário de funcionamento (de início, fim e os intervalos de almoço e descanso), sob o argumento de que a escala de trabalho é informação pública e deve estar fixada em local de ampla visibilidade.
O texto lembra que a folha de ponto é o método de monitoramento da assiduidade adotado pela UFRJ para todos os servidores, exceto docentes e participantes do Programa de Gestão de Desempenho (PGD). Estes, caso não cumpram a escala, podem sofrer desconto de dias de trabalho.
“Houve orientação para exposição do horário dos setores, dos servidores. Tão logo soubemos, decidimos realizar reunião nos locais em que está acontecendo”, disse o coordenador explicando que a finalidade da reunião era esclarecer alguns aspectos, como o fato de que, no PGD, não é necessário controle de frequência, mas a aferição do cumprimento das metas estabelecidas com a equipe.
Ele informou que o Sintufrj enviou ofício à Pró-Reitoria de Pessoal solicitando reunião sobre teor da portaria. Sem retorno, a entidade reiterou pedido. Como PR-4 não respondeu, o Sindicato mandou ofício diretamente ao reitor, e aguarda resposta.
Sindicalize-se
Apontando a importância de que trabalhadores construam sua representação local junto ao Sindicato, Alzira lembrou que foram os sindicatos e categorias organizados na base da Fasubra que conquistaram o acordo da greve e é a entidade que representa os trabalhadores na negociação local com a Reitoria.
Esteban reiterou a importância da sindicalização para o fortalecimento da entidade na luta para a garantia de direitos. “Nosso instrumento é a organização coletiva”, insistiu.