Cerimônia de Concessão de Medalha pelos 50 Anos de Serviço Público Federal homenageia companheiros e companheiras entre os quais o atual coordenador (de Esporte e Lazer) do Sintufrj, Waldir de Oliveira, e o ex-coordenador geral da entidade Marcílio Lourenço de Araújo.
Uma emocionante homenagem preparada pela UFRJ na tarde desta segunda-feira, dia 11, que lotou o auditório G122 do Centro de Tecnologia, destacou a essencialidade do trabalho de 28 servidores (entre eles, dois docentes) que dedicaram 50 anos de sua vida ao serviço público e à instituição, muitos dos quais em plena atividade.
O clima de emoção e reencontro marcou o evento, que contou com a presença de diversos dirigentes de centros e unidades e de coordenadores do Sintufrj – estavam lá Marly Rodrigues (Políticas Sociais), Carmen Lúcia (Administração e Finanças) e Helena Vicente (Educação, Cultura e Formação Sindical) e uniu gerações: de trabalhadores (as), de amigos (as), familiares e alunos (as) em abraços fraternos nos homenageados.
Eles receberam das mãos do reitor Roberto Medronho, da vice-reitora Cassia Turci e da pró-Reitora de Pessoal Neuza Luzia, medalhas de reconhecimento à sua importante contribuição na construção da maior universidade do Brasil.
“Neste palco iluminado…”
Os três fizeram fortes discursos destacando a essencialidade dos quadros de trabalhadores da UFRJ, a importância deste trabalhão para a sociedade e na construção de um mundo melhor.
Medronho citou o professor Clementino Fraga Filho quando afirmou que a vida de uma instituição depende da vida de todos e todas que a ela se dedica. “Então a UFRJ não são os seus bens móveis, não é o seu patrimônio físico, a UFRJ é feita pelos seres humanos que aqui trabalham e se dedicam ao seu dia a dia. A excelência no ensino, na assistecia à saúde é por conta do nosso trabalho do dia a dia. A nossa missão precípua é formar um cidadão consciente, crítico. Formar um cidadão que vá lutar contra essa sociedade desigual, escravocrata, discriminatória, LBTIfóbica e contra tudo de ruim que temos na nossa sociedade”.
Entre os exemplos, o reitor apontou o coordenador do Sintufrj Waldir Oliveira, que, segundo contou, ganhou o apelido de Lalá porque, diligente, estava em todos os lugares, numa brincadeira que faz menção ao samba da Imperatriz de 1981: “Neste palco Iluminado, só dá Lálá…”
Medronho também mencionou o ex-coordenador do Sindicato Marcílio Araújo, lembrado sua importante liderança da categoria nas lutas em defesa da UFRJ e do Hospital Universitário. “Cada um de vocês é importante para a excelência da UFRJ”, disse.
O evento, com que se encerrou a programação preparada pela Pró-Reitoria de Pessoal para comemorar a Semana do Servidor, foi concluído com um coquetel para os homenageados e acabou se tornando um grande congraçamento entre antigos amigos.
Coordenadoras se emocionam
“Essas são pessoas que dão a vida por isso aqui. Estão há 50 anos aqui, é muito tempo. São Pessoas valorosas. E é um clima de alegria, não é?”, emocionou-se a coordenadora do Sintufrj Marly Rodrigues.
Helena Vicente é aposentada, trabalhou 54 anos na UFRJ e, além de representar a entidade da qual é coordenadora, foi prestigiar os amigos. Ela conta que também ficou emocionada com as homenagens e discursos: “É um reconhecimento merecido. Aqui está demonstrada a dedicação destas pessoas”.
A coordenadora Carmen Lúcia destacou que a homenagem faz jus aos verdadeiros profissionais: “Mostra a relevância dos servidores, dos técnicos administrativos, do nosso fazer dentro dessa instituição. São 50 anos de dedicação. Nós fazemos a história também dentro da UFRJ, não só docentes e alunos. Muitos nossos que já partiram foram pedra angular dessa casa”.
Homenageados
Alfredo Heleno de Oliveira
Carlos Alberto Celestino
Celso Pereira
Cláudio Nunes Pereira
Dilza Torres Melo de Alvim
Edna do Desterro
Edson Jorge da Rocha
Eliana Barreto Bergter
Fátima Morgado Britto
Francisco Carlos Santana Costa
Ilton Antônio da Silva de Oliveira
Joaquim Inácio de Nonno
José Carlos da Silva Paz
Laureano Soares da Silva
Luiz Carlos Batista Freitas
Marcilio Lourenco de Al
Maria de Fátima Stoppelli Mendes
Marilene Ferreira dos Santos
Paulo César Villa Real
Paulo Cezar Rangel
Paulo da Costa Lima Filho
Reinaldo Barros
Ronaldo Martins
Sérgio Iorio
Severino de Andrade Amorim
Vânia Dias de Oliveira
Waldir Dias de Oliveira
William Barbosa da Silva
Não só nomes, mas histórias de vida
“Sim, eu sou muito grato à UFRJ. Eu trabalho no Instituto Biofísica. Hoje eu sou técnico de eletricidade. Entrei como office boy. Então por esse carinho que eu tenho de ter sido bem recebido, tenho essa dedicação muito grande, não somente pela Biofísica, mas pela UFRJ. Eu sou muito grato, viu?”, disse Waldir Lalá.
Vânia Dias de Oliveira, assistente social do Hospital Universitário, recebeu dos pequenos netos Alice, de 5 anos e Antônio, 6, uma braçada de flores. Ao ser chamada, recebe da Reitoria a medalha, a levanta e entoa, orgulhosa, sob palmas o nome da sua unidade: “Hospital Universitário!”. E ela conta: “Eu vim trabalhar numa instituição de excelência, branca, elitista, racista, a gente não tem como negar, herdeira do colonialismo, e eu vim trabalhar aqui, não como uma menina da limpeza (como manda o sistema). Mas já como Assistente Social, trabalhar com a formação em saúde. Ao longo desses 50 anos, participei da formação de uma infinidade de estudantes de Serviço Social. Isso foi me encantando, e aqui eu fui ficando”, diz ela contando que em 2013 passou a cursar o mestrado com sua filha e, depois o doutorado, cuja tese defendeu em 2023. “Há um ano eu venho o título de doutora. “, diz ela que, embora não seja docente, ajudou a formação de muitas pessoas. Atualmente é u assistente social da unidade cardiológica e do CTI. Faz atendimento aos usuários. “Em paralelo, a gente cuida do ensino. Eu tenho duas alunas que estão concluindo (o curso) e seis residentes multiprofissionais”
“Eu acho que o importante é o reconhecimento da comunidade pelo tempo de dedicação que nós tivemos com a universidade, com a sociedade. Isso é um reconhecimento, um coroamento”, disse Marcílio Lourenço.
Alunos de diversos cursos cercaram com carinho e de admiração a professora Eliana Barreto Bergter. que, emocionada, declara: “Para mim, foram os melhores 50 anos da minha vida. Eu passei aqui dando aula, fazendo pesquisa, e eu amo de paixão a UFRJ. Eu sou da Microbiologia. Eu dou aula para Farmácia, Medicina, Nutrição, todas as graduações que têm Microbiologia. Eu comecei em 1972. Acabei o mestrado, fiz doutorado, depois do Pós-Doc no exterior, voltei e continuei”, diz com orgulho e contando que também recebeu o título de professora Emérita.
Momentos da emocionante cerimônia
Alguns dos homenageados: no primeiro vídeo, Vânia Oliveira e Waldir Lalá; no segundo, Marcílio Araújo e no terceiro vídeo, a entrega das medalhas a Alfredo Heleno e Carlos Alberto.