A convocação da Fasubra para que os servidores abram uma frente de pressão sobre parlamentares como forma de assegurar o cumprimento do acordo com o governo – que depende da votação da lei orçamentária pelo congresso – é certeira. É que a ofensiva insaciável da linha fisiológica no Congresso pode retardar as alterações nas tabelas salariais acertadas entre representantes de servidores do executivo federal e o governo.
De acordo com artigo da revista Carta Capital, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), relator da Projeto de Lei Orçamentária (PLOA-2015) foi escalado para fazer o trabalho sujo: o senador, que esquafedeu-se de Brasília mesmo antes do recesso, quer transformar a aprovação da PLOA em instrumento de pressão para obter do governo negociação favorável acerca das emendas parlamentares.
A revista informa na matéria pública na segunda-feira (13) que o senador pedirá reunião com os três poderes para discutir as tais emendas (que tem sequestrado do Executivo parte importante do orçamento). Sem a votação do orçamento, o uso de verbas públicas fica congelado e o funcionamento da máquina federal que depende do orçamento não tem como funcionar.
Portanto, a pressão dos servidores – protagonista de uma greve vitoriosa – é essencial neste momento