Servidor acusa CPST de descaso

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A Coordenação de Políticas de Saúde do Trabalhador (CPST) da UFRJ voltou a ser alvo de queixa de servidor. Astréa Castro, técnica-administrativa da universidade no campus de Macaé, encaminhou relato ao sindicato no qual descreve cena de grave descaso no atendimento para realização de perícia.
Convocada para o procedimento na segunda-feira 14, por uma junta médica, disse que foi atendida pelo único médico presente, um psiquiatra, que não verificou “os inúmeros exames solicitados” e que teria dito que “deixaria o rascunho da minha avaliação num bloco de notas”.

Como informamos aqui, também na segunda-feira 14 um servidor desmaiou na sede da CPST.

Crise na CPST: sem atendimento, paciente desmaia

O relato da servidora

Após uma viagem de quase 200km, cheguei na terça-feira, dia 14 de janeiro 2025, ao decrépito prédio da CPST, a fim de realizar perícia por uma junta médica, para a qual fui convocada com apenas quatro dias de antecedência.
O único médico presente, psiquiatra, explicou que ele só conversaria comigo e deixaria o rascunho da minha avaliação num bloco de notas, para definição de meu processo em data desconhecida e não ocorrendo qualquer exame físico nem vista aos inúmeros exames solicitados. Ao final, ele ainda tentou que eu me afastasse, mas minha reação foi: “Não quero afastamento, e sim solução.”
Também havia solicitado que avaliação ocorresse numa segunda-feira, pois iria para casa de prima num domingo, tornando viagem menos penosa. Nenhum pedido foi atendido e agora, meu sentimento é apenas de revolta e desprestígio após 28 anos de serviço público, a maior parte deles atuando em Direções de Unidades.
Astréa Castro
Campus UFRJ Macaé
ANONIMATO. Prédio da CPST no Fundão não tem qualquer indicação de que lá funciona o órgão responsável pelo atendimento de saúde aos trabalhadores da universidade (FOTO: RENAN SILVA)
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