GRITO DE CARNAVAL COM ‘COMUNA QUE PARIU’

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O grito de carnaval do Sintufrj marcado para sexta-feira, 14 de fevereiro, tem uma atração especial. É a bateria do Bloco “Comuna que Pariu!”, bloco oficial do PCB que une diversão e política.
O “Comuna Que Pariu!” se organizou em 2009 por iniciativa da UJC (União da Juventude Comunista) e tomou forma mais definitiva em 2013, aquecido pelas lutas na cidade do Rio de Janeiro. Este bloco é uma celebração da resistência e da luta, com muita música e energia.
“Nosso bloco revolucionário do proletariado nasceu com algumas missões, dentre elas atuar como mais uma arma da crítica na luta de classes, na construção de uma sociedade socialista, sem perder o gingado e a cadência do samba. Uma das outras missões que abraçamos, desde o início de nossa história, foi a luta antifascista”, escreve em sua página no Facebook o Bloco Comuna que Pariu.
“O bloco tornou-se uma iniciativa da base de cultura do PCB, hoje denominada de célula de cultura, que reúne militantes do partido, ainda que o bloco tenha aglutinado militantes de diversos campos da esquerda de forma bem ampla. Sua proposta inicial era apenas de ser um espaço de confraternização e encontro de companheiros e camaradas, mas foi assumindo uma identidade própria, uma qualidade artística e uma irreverência que lhe dão a feição que hoje assumiu. O traço principal desta identidade é a união entre a irreverência e a política”, descreve Mauro Iasi, professor da Escola de Serviço Social da UFRJ, pesquisador do Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas e integrante do Comitê Central do PCB.
Para se ter uma ideia, os temas que foram se apresentando nestes anos são significativos: no carnaval de 2010, a tônica foi a luta pelo petróleo; no de 2011, uma homenagem ao MST; em 2012, a luta contra as remoções e os mega-eventos; em 2013, uma homenagem a Oscar Niemayer; em 2014, a lutas de massas contra as remoções e a Copa do Mundo; em 2015, a luta feminista sob o lema “lugar de mulher é aonde ela quiser”; e no ano de 2016, a luta do movimento negro com o lema “na raça contra o racismo”. “Caiu o primeiro mito e os fascistas se fuderam” Foi assim que em 2020 o comuna que pariu conclamou a resistência contra a ofensiva fascista.
O samba enredo desse ano mostra a que veio: “Sem anistia para fascista”. Em seu 16º carnaval o Comuna convoca o povo para lutar contra o fascismo.
Veja trecho do samba:
“Já passou da hora
De pegar o capitão
Eu vou deixar um bilhete
Na porta da prisão
Pra que a nossa voz
Ele tenha que ouvir:
Nós ainda estamos aqui!”

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