Profissionais de várias áreas das unidades de saúde da universidade e servidores de outros setores acadêmicos participaram, na terça-feira, 18, do 1º Encontro dos Trabalhadores(as) dos Hospitais da UFRJ. O Espaço Saúde do Sintufrj lotou, mas o evento teve transmissão ao vivo e encontra-se à disposição dos interessados nas redes sociais da entidade.
Esta foi a principal atividade do Sintufrj, neste início de ano, visando organizar a categoria dos hospitais e institutos para debater formas de lutas para enfrentar a gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) em unidades do Complexo Hospitalar da UFRJ. O plano de lutas em construção inclui garantir a participação dos trabalhadores nos espaços de decisões das políticas públicas dos hospitais.
Desde junho de 2024, a Ebserh administra o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), o Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG) e a Maternidade Escola. As promessas de aumento de leitos e de efetivos, obras de reparos na estrutura do prédio, estoque cheio, mais recursos para outros investimentos não se cumpriram.
Ao contrário, os cerca de mil extraquadros foram demitidos, falta materiais básicos para atendimento de pacientes, inclusive com doenças graves, como câncer, a emergência continua fechada, setores estão sendo desativados, entre os quais o Serviço de Saúde do Trabalhador (Sesat-HUCFF) e as internações pelo SUS continuam restritas. Os conflitos internos se multiplicam e o assédio moral é uma triste realidade que vai se impondo no maior hospital universitário do país, o HUCFF, no Fundão.
Troca de experiência necessária
A coordenadora-geral da Fasubra e do Sindifes, Cristina Del Papa, apresentou o diagnóstico da situação dos trabalhadores RJU do Hospital das Clínicas da UFMG a partir da entrada, em 2011, da Ebserh como gestora da unidade. A principal palestrante do encontro respondeu também a dúvidas dos presentes. “O Sintufrj fez história por estar sempre na linha de frente em defesa da saúde pública conforme preconiza a Constituição de 88”, reafirmou na abertura do seminário o coordenador-geral do sindicato, Esteban Crescente.
Plano de lutas
O coordenador de Comunicação da Fasubra e técnico-administrativo do Instituto de Biologia da UFRJ, Francisco de Assis, apresentou propostas para o plano de lutas de enfrentamento a Ebserh que foram aprovadas.
Qualidade de Vida e a luta pela saúde do trabalhador também constou da pauta do seminário. O palestrante convidado foi o médico do HUCFF, Bernardo Nobre. Também participaram dessa mesa as coordenadoras e servidoras do hospital, Laura Gomes (da Coordenação Geral) e Ana Célia (da Coordenação de aposentados e Pensionistas).
. Leia na edição do Jornal do Sintufrj 1448 matéria completa sobre o seminário, que inclui, inclusive, um balanço pelos coordenadores da Fasubra (Cristina Del Papa e Francisco de Assis) sobre a mobilização em Brasília pela aprovação da LOA até o dia 17 de março, para garantir o reajuste na folha salarial de abril, e retroativo a janeiro. Nesta quinta-feira, 20 de fevereiro, a Fasubra participa de uma mesa de negociação com o MGI.
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