Desde a greve do ano passado que o CAp vem pedindo socorro
A menos de dois meses para completar 77 anos, o Colégio de Aplicação (CAp) UFRJ não tem motivos para comemorar. O prédio, na Lagoa, tem problemas de infraestrutura e falta servidores. A situação ficou ainda pior com a transferência da Escola de Educação Infantil do Fundão para lá, há um ano e cinco meses. Na época, a Reitoria informou que a situação era provisória e emergencial. Para cobrar ações efetivas da Administração Central, a comunidade do CAp vai suspender as atividades na quinta-feira, 27, e realizar manifestação na sessão do Conselho Universitário, às 9h.
“São só promessas. A gente reivindica, nos recebem, fazem promessas, mas, continua tudo na mesma. As condições gerais do CAp estão péssimas. Temos apenas dois copeiros responsáveis por preparar o lanche de 500 alunos pela manhã e 270 à tarde. Não há mediadores para a educação especial. Não tem espaço adequado para os alunos da Educação Infantil, que aguardam a mudança para uma sede própria. As salas de aulas não têm ar-condicionado e sequer ventiladores, as paredes e o piso estão com rachaduras e os vidros quebrados”, listou o coordenador de Educação e Cultura do Sintufrj e técnico-administrativo da unidade, Edmilson Pereira.
Os professores do CAp realizaram reunião no dia 13 de março e deliberaram pela paralisação e ida ao Conselho Universitário. A adesão a esse dia de mobilização foi geral: técnicos-administrativos, estudantes e familiares dos alunos da Educação Infantil também participarão da manifestação na quinta-feira, 27, para cobrar providências da Reitoria.
A comunidade do CAp reivindica:
. Reestruturação da quadra de esportes.
. Cozinha, refeitório e mais copeiros.
. Reforma das salas de aulas.
. Contratação imediata de mediadores para a educação especial.
. Regularização de pagamento aos terceirizados (trabalhadores da limpeza, portaria, merenda e professores de apoio à inclusão).

Rio,21/03/24
Foto de Elisângela Leite