“Dia Nacional de Mobilização Menos Juros, Mais Empregos”

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Na terça-feira, 18 de março, sindicatos, CUT e mais oito centrais sindicais, realizaram manifestações em quase todas as capitais do país reivindicando a redução da taxa Selic – os juros oficiais do país definidos pelo Banco Central (BC). Foi o “Dia Nacional de Mobilização menos Juros, Mais Empregos”.

A Fasubra Sindical participou da manifestação em frente ao Banco Central em Brasília (veja a foto). O ato reuniu dirigentes da federação e delegados(as) da base sindical. De acordo com dirigentes e militantes sindicais, os altos juros freiam o crescimento econômico e dificultam a criação de novas oportunidades de trabalho.

Representações dos movimentos sindical e social também realizaram manifestação em frente ao Banco Central, no Rio de Janeiro. O principal ato estava previsto para acontecer em São Paulo, na Avenida Paulista nº 1804. Nas demais cidades, os protestos ocorreram em locais de maior movimento.

 

Baixa expectativa

Estava previsto para terça-feira, 18, e na quarta-feira, 19, a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), em sua sede em Brasília (DF), para definição sobre a taxa básica de juros, a taxa Selic. O Copom se reúne a cada 45 dias.

Além da redução da taxa Selic que hoje está em 13,25%, uma das mais altas do mundo, os atos convocados foram um protesto à possibilidade de os juros subirem ainda mais, chegando a 15% até o final do ano.

Desde que o Banco Central se tornou independente, em fevereiro de 2021, com Jair Bolsonaro (PL), que a taxa de juros do país passou a ser utilizada como forma de pressionar o governo federal a manter suas contas dentro do arcabouço fiscal, impedindo investimentos e o crescimento de benefícios sociais.

 

Juros e a dívida pública

Se por um lado o BC diz que os juros seguram a inflação, impedindo o consumo da população, por outro lado, o governo federal se endivida mais. O último reajuste da Selic de 1,0%, fez aumentar a dívida pública em torno de R$ 50 bilhões.

 

 

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