Preparado por GT instalado em julho do ano passado, Plano de Contingência da UFRJ frente a ameaças à segurança, confrontos armados e violência urbana é apresentado ao Consuni
Professores, técnicos e estudantes do Colégio de Aplicação protestando por condições de funcionamento da escola; estudantes protestando pela fragilidade da infraestrutura de diversos prédios da universidade, por mais verbas, contra o aumento do preço do bandejão; por veículos adequados para as atividades de campo do Instituto de Geografia. Lotando a sala E 212 do CT, do Conselho Universitário desta quinta-feira dia 27, cheios de faixas e cartazes coloriram e esquentaram o expediente (a primeira parte da sessão) e exigindo soluções. “Acabou a paz”, dizia um dos cartazes sugerindo que estavam no limite, nem bem as aulas do semestre foram retomadas.
Mas foi na abertura da ordem do dia (a segunda parte que trata efetivamente da pauta), que surgiu uma boa iniciativa: a apresentação do Plano de Contingência da UFRJ frente a ameaças à segurança, confrontos armados e violência urbana, produzida por um grupo de trabalho instituído em julho do ano passado, pela intensa mobilização dos estudantes em torno do tema.
Pela apresentação feita pelo professor Alexandre Barbosa de Oliveira da Escola de Enfermagem Anna Nery, que coordenou o GT, o plano indica, em momentos de emergência, uma série de procedimentos para as instâncias de decisão da administração central da UFRJ, como a formação rápida de um gabinete de crise para coordenar respostas rápidas em situações de ameaça a segurança, confrontos armados e outras situações de conflito, para orientação da comunidade acadêmica e continuidade de atividades essenciais, por exemplo. O plano também aponta uma série de protocolos e iniciativas para uma ação rápida por parte da instituição de forma a resguardar estudantes e trabalhadores.
Entre os objetivos está a definição de ações padronizadas para a tomada de decisão desde a verificação das informações até a emissão de alertas, orientação de suspensão ou retomada de atividades, instrução sobre cômputo de falta e primeiros socorros. E leva em consideração uma série de vulnerabilidades institucionais, como a proximidade com áreas constantemente vitima de conflitos até a fragmentação na tomada de decisões em casos de crise. Estabelece níveis de segurança e ações a serrem adotadas em cada caso (veja nas imagens a seguir)..
Segundo o coordenador do GT, que integrou o GT que elaborou o plano de contingência da UFRJ na Pandemia, o plano de segurança ainda passará por uma análise jurídica para ser encaminhado oficialmente ao Consuni para aprovação. Mas que isso deve acontecer o mais rápido possível.
O estudante João Miranda integrou a representação discente no GT e, no Consuni, apontou para a importância deste primeiro passo, diante da violência no Estado, apontado que nenhum estudante tem que ser penalizado por isso (a fala está no vídeo ao fim da matéria)..
Conheça mais detalhes do plano em registros da apresentação