Na queda de braço com o governo, o caminho é mobilização

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Na 1ª Reunião Ordinária da Mesa Setorial de Negociação Permanente  no âmbito do Ministério da Educação (MEC) na segunda-feira (12), a Fasubra e as demais entidades da educação cobraram o cumprimento dos compromissos assumidos pelo governo no Acordo de Greve. O governo tem até 31 de maio para o cumprimento do acordo.

As coordenadoras-gerais da Fasubra Cristina del Papa, Loiva Chansis, Ivanilda Reis e fizeram uma live de avaliação da reunião. As dirigentes cobraram que a negociação de itens do acordo ligados a pasta da educação retorne para o MEC.

As dirigentes alertaram a categoria para o fortalecimento da mobilização. A próxima esta é pressionar o governo com a paralisação dos dias 22 e 23 de maio. Caravanas a Brasília estão previstas para acompanhar a reunião do Grupo de Trabalho – PCCTAE com o governo.

“Infelizmente não obtivemos nenhuma resposta do nosso Termo de Acordo e parte das pautas que estão no MEC. É importante dizer que a CNSC (Comissão Nacional de Supervisão da Carreira) está trabalhando. Então parte da pauta está caminhando assim como as regras de transição para aceleração, o RSC, mas outras pautas não. Por isso é importante jogar peso na paralisação dos dias 22 e 23 de maio e na caravana do dia 23 quando teremos reunião com o MGI. Então, estamos chamando a categoria, as entidades de base para aprovar a paralisação e jogar força na caravana do dia de 23”, sustentou del Papa.

“Ratificamos a importância da pauta do Termo de Acordo e o que é prioritário para nós, inclusive o que estava inicialmente no âmbito do MEC como a questão das 30 horas. Fizemos várias intervenções nesse sentido, de que o MEC inclusive precisa intervir junto ao Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) para que nosso Termo de Acordo seja aprovado”, disse Loiva.

“Cobramos as 30h. Queremos discutir essa pauta no MEC. Não obtivemos a resposta que esperávamos e a resposta foi a de que iria conversar com o MGI para trazer a pauta para a pasta. Cobramos também a questão da democratização e o MEC nos respondeu que irá discutir na Mesa Setorial. Colocamos que a Fasubra reivindica que o Acordo de Greve seja discutido no MEC, temos um prazo, queremos que o governo dê resposta. E que o MEC responda às pautas colocadas”, informou Ivanilda.

Mesa setorial atrasada

Desde a sua implementação, em abril de 2024, a Mesa Setorial de Negociação Permanente se reuniu cinco vezes, entre reuniões ordinárias e extraordinárias, mas ainda sem avanços consolidados. Essa mesa faz parte do sistema de negociação estabelecido pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) na Mesa Nacional de  Negociação Permanente (MNNP) que se divide em três segmentos:

Mesa Central – Debate questões com impacto orçamentário, no âmbito de todo o serviço público federal;

Mesa Temporária e Específica – Debate questões com impacto orçamentário, no âmbito de cada carreira do serviço público federal de forma separada;

Mesa Setorial – Debate questões de cada categoria, no âmbito de cada Ministério, que não possuam impacto orçamentário.

TRÊS DIRIGENTES DA FASUBRA em live avaliando reunião de 12 de maio (imagem cedida pela FASUBRA)
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