Sintufrj protesta no Consuni no dia da paralisação nacional

Compartilhar:

Além das pautas nacionais, Sintufrj se manifesta por demandas locais, como a segurança dos trabalhadores do IPPMG e por direitos dos aposentados.

Nesta quinta-feira, 12 de junho, técnicos-administrativos em educação de todo o país participam da paralisação nacional convocada pela Fasubra. Hoje acontece mesa nacional de negociação com o governo e entre as pautas da federação está o comprimento integral do acordo de greve. Porém, além das pautas gerais, o Sintufrj e conselheiros da bancada técnico-administrativa se manifestaram na sessão do Conselho Universitário (Consuni) da UFRJ para apresentar importantes demandas da base e cobrar respostas da Reitoria.

Em faixas e cartazes, exibiam pautas da negociação nacional, mas também reivindicações como “Agressões não serão mais toleradas. É urgente o cuidado com quem cuida” e “IPPMG pede socorro”. E ainda: “CPST livre do assédio moral”, e “Sintufrj na luta contra o assédio moral”. Um grupo de aposentados estava lá para reivindicar a implantação da sua aceleração por capacitação e do reposicionamento.

SOS IPPMG
A coordenadora de Comunicação do Sintufrj e conselheira Luciana Borges lembrou o dia de paralisação e a negociação nacional e destacou também a necessidade de enfrentamento da crise no IPPMG. Ela leu carta construída em conjunto pelos profissionais do IPPMG que denuncia episódios recorrentes de agressões verbais, até ameaças e xingamentos por parte de alguns acompanhantes de pacientes.

Os fatos têm gerado agravo na saúde de profissionais e até afastamentos. Luciana cobrou medidas efetivas para o combate de qualquer forma de violência nas unidades de saúde da UFRJ e para garantir a integridade dos seus profissionais. “É urgente proteger quem cuida “, concluiu a coordenadora.

Ela entregou a carta, “SOS para os profissionais de Saúde do IPPMG” para conselheiros e membros da Reitoria.

A seguir, a fala da coordenadora:

 

 

 

 

Luta em várias frentes

O Sintufrj levou também a pauta do reajuste igual para todos do PCCTAE, inclusive os médicos e veterinários. Eles também estiveram presentes no Consuni. Como Aldinelli Cristina Silva Pinheiro (ao centro), médica da Emergência do IPPMG. Ela está na unidade desde 1998 como RJU. Embora seja do PCCTAE, não recebeu o mesmo reajuste, fruto do acordo de greve, que recebeu toda a categoria, de 9%. Porque o governo achou de aplicar um percentual diferente para médicos e médicos veterinários. “Nos excluíram. Nos deram reajuste pela metade e a gente também não tem a garantia de que não irão romper as outras questões do acordo de greve. É como se tivessem me tirando da universidade, do PCCTAE. Eu sou concursada. Nunca se viveu uma violência dessa. Então a gente está sem saber o que vai ser nosso futuro”, contou.
Mas a médica relatou outro problema: a redução dos percentuais de insalubridade. Durante a pandemia, a Reitoria determinou que os profissionais de saúde atendendo nos hospitais recebessem 20% de adicional de insalubridade. Quando a pandemia acabou, as pessoas voltaram a receber os adicionais que tinham antes. “Sendo que nós, profissionais da Emergência, recebíamos 20% antes da pandemia. Mas lá no Instituto, os profissionais não receberam esses aumentos de 20%. Quando cortaram das unidades que receberam, cortaram do nosso”, lamentou, afirmando: “Estamos brigando em várias frentes!”.

Emerência da professora Lúcia Previato é aprovada

Durante a ordem do dia, no ponto de pauta sobre a concessão do título de Professora Emérita à professora Lúcia Mendonça Previato, já aprovado pelo Conselho Deliberativo do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho e pelo Conselho de Coordenação do CCS, o representante técnico-administrativo Milton Madeira avaliou: “A emerência dessa professora é importante porque ela é uma das poucas pesquisadoras que levou as doenças do terceiro mundo para um nível de pesquisa mundial. Então, é uma mulher, uma pesquisadora e com uma preocupação real com as questões de saúde no terceiro mundo”, declarou.

COMENTÁRIOS