Servidores criticam resultados da mesa nacional de negociação desta quinta, 23, no MGI
A reivindicação da isonomia dos benefícios entre os poderes passou longe na Mesa Nacional de Negociação Permanente (MNNP), dos servidores públicos com o governo, na tarde desta quarta-feira, 22 de outubro.
Embora ainda no início da noite a reunião ainda estivesse em curso, segundo os representantes da Fasubra, debatendo a reforma que está sendo feita pelo MGI, as propostas no que toca aos benefícios já haviam sido “comunicadas”.
O governo propôs reajustes muito aquém da expectativa, gerando críticas. Para o auxílio-alimentação, reajuste de 17,5% a partir de dezembro deste ano, passando de R$1000 para R$ 1.175,00.
O reajuste do auxílio pré-escolar seria, a partir de abril de 2026, pelo IPCA; assim como o reajuste da assistência à saúde suplementar.
Mas quanto ao auxílio nutricional (para aposentados), o governo apenas manteve o debate em pauta, sem resposta.
Mesa de negociação ou de comunicação?
Para o coordenador de Comunicação da Fasubra e coordenador geral do Sintufrj Francisco de Assis, a proposta ainda é insuficiente e é preciso resgatar as resoluções da Fasubra, referendadas pela plenária dos SPF que defendem a isonomia de benefícios.
“A proposta é insuficiente. Lutamos por isonomia de benefícios e o governo também não deu resposta sobre o auxílio nutricional, essencial para os aposentados. E temos que entender as propostas relativas aos auxílios pré-escolar e assistência à saúde (o reajuste pelo IPCA), com mis detalhes para não cairmos em pegadinha. E ainda temos que nos contrapor a postura do governo para que faça de fato uma mesa de negociação e não uma mesa de comunicação”, avaliou o coordenador.
O coordenador geral Esteban Crescente ponderou que as propostas apontadas pelo governo, embora insuficientes, já são reflexo da pressão dos servidores contra a Reforma Administrativa, cujo desgaste o governo tenta dirimir com estes reajustes nos benefícios. “Vale a pena a luta, se ampliarmos a ofensiva ganhamos mais e barramos a reforma administrativa”, disse ele, ponderando que as expectativas com a reunião eram baixas. “Com certeza não é suficiente e longe de nossa defesa da equiparação. Mas é um sintoma do resultado da movimentação nacional do serviço público”, alertou.
A categoria está mobilizada
No dia 29, servidores de todo país tomarão Brasília em defesa dos direitos e do serviço público. A mobilização – Marcha Nacional do Serviço Público contra a Reforma Administrativa -, é parte da luta nacional das servidoras e servidores públicos contra a proposta de Reforma Administrativa do Congresso, que ameaça direitos históricos da categoria e os serviços prestados à população.
A Federação informa que a concentração está marcada para 9 horas, no Museu da República. A marcha, que seguirá até o Congresso Nacional, foi convocada pela CUT, demais centrais, confederações e federações de trabalhadores, com apoio das frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo.




