ASSEMBLEIAS GREVE 2024

28 de fevereiro de 2024

ASSEMBLEIAS SIMULTÂNEAS COM TRANSMISSÕES ONLINE VÃO DECIDIR SOBRE DEFLAGRAÇÃO DA GREVE

 

ESSAS ASSEMBLEIAS VÃO ACONTECER NA QUINTA-FEIRA, 7 DE FEVEREIRO, NO FUNDÃO, NA PRAIA VERMELHA E EM MACAÉ. NESTA SEXTA-FEIRA, ÀS 10H, REUNIÃO DO COMANDO DE MOBILIZAÇÃO NO ESPAÇO CULTURAL DA SINTUFRJ

Trabalhadores da UFRJ reunidos em assembleia na manhã/tarde desta quarta-feira (28) decidiram convocar assembleias simultâneas para a quinta-feira, 7 de março, com objetivo de examinar as condições de deflagração de uma greve dentro da campanha salarial.

O movimento que aponta para início de uma greve em 11 de março indicada pela Fasubra é nacional depois da resistência do governo em atender às reivindicações dos trabalhadores da educação nas negociações em Brasília.

Os eixos dos movimentos são a luta dos técnicos-administrativos pela reestruturação da Carreira, por recomposição salarial e pela neutralização da reforma administrativa que desmonta o serviço público.

De forma inédita, dentro do esforço de mobilização, o Sintufrj vai organizar assembleias simultâneas no Fundão, Macaé e Praia Vermelha, com transmissão online.

Essas deliberações foram tomadas na assembleia na manhã/tarde desta quarta-feira (22) no Quinhentão. A íntegra da reunião está disponível nas plataformas digitais do Sintufrj na Internet. FOTOS Elisângela Leite

Veja o que foi decidido

Campanha salarial, reestrutura da Carreira e indicativo de greve

7 de Março de 2024

É GREVE!

  • Por unanimidade, técnicos-administrativos aprovam greve a partir do dia 11

 
  • Ver cerca de 700 pessoas reunidas e distribuídas nos três auditórios onde o Sintufrj realizou as assembleias simultâneas – Fundão, Praia Vermelha e Macaé –, e decididas a dar um novo rumo à Campanha Salarial, emocionou trabalhadoras e trabalhadores

Com o auditório do Centro de Tecnologia CT) lotado, nesta quinta-feira, 7, os técnicos-administrativos em educação da UFRJ deliberaram pela adesão à greve da Fasubra, que terá início na segunda-feira, 11. O movimento é nacional e a maioria da categoria nas instituições federais de ensino do país já tomou essa decisão, inclusive as outras universidades e um instituto no Rio de Janeiro.

A última vez que esses servidores entraram em greve foi em 2015. E ver cerca de quase 700 pessoas reunidas e distribuídas nos três auditórios onde o Sintufrj realizou as assembleias simultâneas – Fundão, Praia Vermelha e Macaé –, e decididas a dar um novo rumo à Campanha Salarial, emocionou trabalhadoras e trabalhadores. Muitos optaram por acompanhar as discussões pelas redes sociais.

“É muito importante saber que poderíamos mobilizar a categoria em um cenário tão adverso. Essa greve está a serviço das lutas democráticas. Mas, precisa ser uma greve real, contundente. É entrar pra ganhar. Parabéns, categoria. Vamos à luta!”, disse confiante o coordenador-geral do Sintufrj Esteban Crescente.

O esforço da Comissão de Mobilização nos três dias que antecederam as assembleias, e na própria quinta-feira, 7, foi responsável por garantir o quórum qualificado para decretação da greve.  Afinal, a realidade hoje na UFRJ é outra com o PGD (Programa de Gestão de Desenvolvimento). Depois da pandemia de covid-19, a rotina de trabalho na universidade ficou hibrido: presencial e home office.

Caráter da greve e Fundo de Greve

Na segunda-feira, 11, o Comando Local de Greve (CLG) se reúne às 10h, no Espaço Cultural do Sintufrj. Todos estão convocados a participar. O caráter dessa greve é de ocupação e mobilização, com lista de presença. Ou seja, a categoria virá à universidade para participar da agenda de lutas interna e externa.

As assembleias também aprovaram a criação do Fundo de Greve, no valor de um por cento do salário bruto, descontados em duas vezes, em abril e maio, sendo que a segunda parcela estará sujeita a uma avaliação de assembleia. Esse dinheiro custeará despesas com as mobilizações, que incluem caravanas a Brasília, material para atos e manifestações, visitas a parlamentares, com os comandos local e nacional de greve (deslocamento, hospedagem e alimentação dos companheiros), entre outros gastos.

Essencialidade

A intenção é fazer uma greve que mesmo os trabalhadores dos setores considerados essenciais possam participar das agendas de luta. Caberá ao CLG constituir uma Comissão de Ética para solucionar demandas das unidades e agir em caso de assédio moral de chefias.

Delegação a Brasília

Por decisão das assembleias, sete delegados participarão da plenária nacional  da Fasubra, sábado, dia 9 de março, no formato virtual. Foi formada uma chapa única com a participação de representantes dos coletivos políticos que militam no movimento sindical na UFRJ, e que estavam presentes nas assembleias.

A pauta da plenária é a seguinte: Informes da direção nacional; informes da assessoria jurídica nacional; informes das entidades; ratificar o indicativo de deflagração de greve da Fasubra para o dia 11 de março e encaminhamentos.

Porque votamos pela greve

Os eixos centrais da greve é a reestruturação do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação (PCCTAE), recomposição salarial e não à Reforma Administrativa. Mas o movimento inclui também a recomposição orçamentária das instituições públicas de ensino; jornada de 30 horas semanais para todos os servidores; não ao ponto eletrônico; paridade nas eleições para a Reitoria e órgãos colegiados.

As assembleias desta quinta-feira, 7, acrescentaram mais um ponto de luta para esta Campanha Salarial: o combate permanente contra a adesão da UFRJ à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

“O governo tentou confundir a Fasubra com a mesa técnica da Comissão Nacional de Supervisão da Carreira (CNSC), do dia 29 de fevereiro, mas a Federação continuou reta no indicativo de greve. E o ministro da Educação somente apresentou algo depois do indicativo de greve da entidade. Nós temos o pior piso do serviço público e o ministro sabe que queremos respeito e valorização. Nossa luta tem duas frentes: uma para cima do governo e outra para cima do Parlamento”, afirmou o coordenador de Comunicação da Fasubra e técnico-administrativo da UFRJ, Francisco de Assis.

Agenda de lutas

Foi aprovado ainda a realização de assembleia geral do Sintufrj na quarta-feira, 13, às 10h, no auditório do Centro de Tecnologia (CT), para avaliar as deliberações da plenária nacional da Fasubra, e manifestação na sessão do Conselho Universitário na quinta-feira, 14, às 9h.

8 de Março: Dia Internacional da Mulher

A coordenadora-geral do Sintufrj Laura Gomes falou nas assembleias sobre o 8 de Março e convocou todos os presentes ao auditório do CT e no auditório do CFCH, na Praia Vermelha, a participarem do ato na Candelária, nesta sexta-feira, 8, às 16h, seguido de caminhada pela Avenida Rio Branco até a Cinelândia, Centro do Rio.

Manifestações de apoio: sindicato, DCE e UNE

“Apoiamos a luta dos companheiros, porque é a nossa unidade que vai fazer o governo recuar da sua proposta de zero por cento. O servidor colabora com o Brasil e precisamos de muitas reestruturações, mas eles querem é destruir o serviço público”, disse Raul Bittencourt, dirigente do Sindicato Intermunicipal dos Servidores nos Municípios do Rio de Janeiro.

“Se fecha a universidade não com cadeado nas portas, mas com os sucessivos cortes no orçamento, trabalho insalubre e estudantes tendo que comprar equipamentos para poder estudar. Zero por cento de reajuste é um desrespeito. Esta é uma greve justa e tem o apoio e a solidariedade do Diretório Central dos Estudantes”, texto de apoio do DCE à luta dos trabalhadores.

Mabel, vice-presidente regional da União Nacional dos Estudantes (UNE), também se manifestou em apoio aos técnicos-administrativos em educação: “A luta dos trabalhadores será distanciada dos estudantes. O Centrão com suas medidas neoliberais é o nosso inimigo comum. Por isso a necessidade de uma grande mobilização conjunta. Estamos lutando por uma educação de qualidade e gratuita”.