Campanha #Somos70porcento ganha redes e apoio de artistas

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Cresce adesão ao #Somos70porcento, e fim de semana tem ainda dois manifestos, de artistas e de juristas, além de ato de torcidas antifascistas na Avenida Paulista

Escrito por: Redação RBA

O economista Eduardo Moreira comemorou neste sábado (30) a adesão popular à campanha #Somos70porcento, lançada por ele. “A hashtag #Somos70porcento imediatamente após o lançamento subiu para o primeiro lugar no Brasil. Fomos terceiro no mundo num dia onde muitas coisas estão acontecendo”, afirmou. Além da adoção imediata nas redes por pessoas conhecidas do campo democrático , a campanha rompeu a bolha e foi replicado por celebridades como Xuxa Meneghel.

A apresentadora levantou a hashtag #Somos70porcento em seu perfil no instagram ao lado de um vídeo antigo, de 1998, quando estava grávida de sua filha Sasha. A barriga à mostra exibe uma bandeira do Brasil e a apresentadora, com figurino e cenário com as cores da bandeira, canta “Estamos chegando”. A postagem tem amplo apoio de seguidores.

A ideia de Eduardo Moreira transforma em marca uma probabilidade estatística. É baseada nas pesquisas que apontam um contingente de pessoas que ainda aprovam o governo Bolsonaro na casa dos 30%. Moreira observa que as pesquisas mostram a rejeição ao governo Bolsonaro subindo muito. E indicam também o apoio ao isolamento social se mantendo em patamares altos.

“Estamos chegando”

A sacada de Moreira, como o “estamos chegando” de Xuxa, faz alusão ao fato de que o crescimento da reprovação a Bolsonaro é uma tendência. E que o #Somos70porcento pode chegar a 80% em breve.

Segundo o Datafolha, além de chegar a uma rejeição recorde (ruim péssimo) de 43%, Bolsonaro já vê crescer em pouco mais de um mês e meio os que defendem sua renúncia ou o impeachment. Do início de abril para cá, caiu de 59% para 50% os que acham que ele não deve renunciar, enquanto subiu de 37% para 48% os que acham que devem.

A rejeição ao modo como o governo Bolsonaro conduz a crise do novo coronavírus alcança 50%, enquanto a aprovação está em 27%. A frase dita na reunião ministerial de 22 de abril pelo presidente, sobre distribuição de armas para a “população”, é reprovada por 72%.

“A ficha caiu. Fiquei impressionado que as pessoas estavam desanimadas, olhando para o outro lado e falando ‘poxa, mas é impressionante eles ainda têm 30%’. Foi então que eu percebi que os 30% estavam agindo cheios de firmeza e agressividade, como se fossem 70%. E nós que somos os 70%. Nós, que queremos um país democrático, somos a maioria”, observa, neste vídeo abaixo, postado pelo coletivo Mídia Ninja.

“Fora Bolsonaro”

O #Somos70porcento se soma a outras ações de oposição a Bolsonaro de forte impacto neste fim de semana. Ainda ontem circulou um “Manifesto Estamos juntos“, assinado por personalidades com posições que vão da esquerda à direita.

Assinam nomes como Luciano Huck, Flávio Dino, Fernando Haddad, Fernando Henrique Cardoso, Fernanda Montenegro, Antonio Fagundes, MARCO Nanini, Paulo Coelho, Fernando Meirelles, Oded Grajew, Luiza Erundina, Maria Alice Setúbal, Cristovam Buarque, Jean Willys, Nelson Jobim, Celso Lafer, Tostão, Casagrande, Vahan Agopyan, Marcos Palmeira, Eliane Brum, João Paulo Capobianco, Frei Betto, Lobão, entre outros.

Já neste domingo (31), alguns dos principais jornais do país publicam manifesto de página inteira. No texto, intitulado “Basta!”, os juristas afirmam que “o Brasil, suas instituições, seu povo não podem continuar a ser agredidos por alguém que, ungido democraticamente ao cargo de presidente da República, exerce o nobre mandato que lhe foi conferido para arruinar com os alicerces de nosso sistema democrático.”

Também neste domingo, uma articulação de torcidas organizadas de futebol pela democracia fará ato de repúdio aos “ativistas” bolsonaristas. Alguns grupos têm ocupado, impunemente e sem serem contestados, faixas da Avenida Paulista para hostilizar as instituições, atacar as medidas de isolamento social contra a covid-19 e pedir intervenção militar.

Coletivos do Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo – se reuniram durante a semana para organizar um ato antifascista, com concentração a partir do meio-dia, no Masp.

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