Desde a semana passada, algumas unidades hospitalares da UFRJ convocaram seus servidores para se apresentarem no local de trabalho, sem uma definição sobre o que seria essencial e impossível de ser executado de forma remota, sem garantias quanto ao fornecimento de EPIs, adequação das estruturas físicas, condições de higiene e climatização, sem definição dos procedimentos de atendimento e sem respeitar o afastamento dos trabalhadores que fazem parte do grupo de risco. O sindicato esteve presente nessas unidades e vem, desde então, trabalhando para proteger os servidores.
Foi com este intuito que o Sintufrj participou da reunião do GT Saúde Pós-Pandemia da UFRJ. Nossa maior preocupação era fazer o debate no interior do GT sobre o retorno ao trabalho que começou a ocorrer de forma desorganizada, sem um padrão de procedimento e, pior, desobedecendo os protocolos sanitários da própria UFRJ, assim como a resolução do Consuni que organiza o trabalho em tempos de pandemia.
Em diálogo com os membros do GT Saúde, defendemos mais uma vez que a UFRJ deve seguir à risca exatamente as orientações que formula para o Rio de Janeiro e o país, dando exemplo de responsabilidade e compromisso com a defesa da vida. Hoje avançamos na construção de diretrizes unificadas orientadas pelo GT Pandemia da universidade e que, respeitando a autonomia das unidades, garante que os trabalhadores da universidade não sejam expostos ao risco desnecessário em um processo açodado de retorno que pode gerar, no momento seguinte, uma explosão de contágio e a paralisação radical do trabalho.
O Sintufrj está atento e solicita a publicação pela UFRJ das orientações construídas pelo GT, garantindo que seja respeitado o afastamento dos servidores que são de grupo de risco e alterando os procedimentos inadequados adotados de forma isolada, adequando-os à Lei 14.023 (Lei Covid) e à Resolução nº7 de 2020 do Consuni, resgatando a tranquilidade e a segurança para a comunidade acadêmica.