“Muitas mãos” na construção do centenário da UFRJ

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Sintufrj exibiu vídeo que mostra técnicos-administrativos em diversos ambientes de trabalho

Na comemoração dos 100 anos da UFRJ não poderiam faltar as organizações representativas de trabalhadores e estudantes que participaram de sua construção e fazem parte de sua biografia.

“Uma história de luta e muitas mãos na construção dos 100 anos da UFRJ” reuniu virtualmente, na tarde desta terça-feira 8, Sintufrj, Adufrj, DCE, APG e Attufrj – entidades que constroem o FORMAS (Fórum de Mobilização e Ação Solidária). A live foi transmitida pelo canal do Fórum de Ciência e Cultura no YouTube.

O Sintufrj inovou na homenagem aos técnico-administrativos em educação da universidade ao exibir o vídeo “Retrato do Trabalho na UFRJ” com imagens, acompanhadas de depoimentos, dos trabalhadores em seus variados locais de trabalho.

“Fizemos esse vídeo para mostrar o que é a universidade pública, gratuita de qualidade com a participação dos técnico-administrativos, como atores na sua construção”, declarou a coordenadora do Sintufrj, Noemi Andrade.

A frase da técnica Jaciara Roberta resume tudo: “A gente produz o que se chama o conhecimento. Nós damos o suporte”.

A presidente da Adufrj, Eleonora Ziller, alertou para as ameaças que estão por vir relacionadas ao orçamento e a reforma administrativa. Ela enalteceu a participação da comunidade universitária para a construção da UFRJ e a da Adufrj, em seus 42 anos de existência.

Eleonora destacou a força da coletividade da UFRJ. “Essa universidade é nossa. É construída por nós. Cada um pode afirmar essa relação numa ação efetiva e solidária. Viva a UFRJ plural, gratuita, autônoma, democrática e inclusiva”.

“Os terceirizados chegaram para somar”, anunciou Néa Nascimento, da Associação dos Trabalhadores Terceirizados da UFRJ – Attufrj.

Rafaela Corrêa, dirigente do Diretório Central dos Estudantes da UFRJ – Mário Prata, informou que o DCE esse ano fez 90 anos para mostrar como a organização dos estudantes tem história na centenária UFRJ.

“O DCE da UFRJ participou da fundação da Une e de diversas lutas. Nossa principal luta é pela autonomia universitária, hoje um tema central nesse governo que a ataca”, sublinhou Rafaela.

O secretário geral da Associação de Pós-Graduandos -APG/UFRJ, Igor Alves, falou da campanha da entidade que defende ações afirmativas obrigatórias para a pós-graduação, uma política de bolsas para alunos em situação de vulnerabilidade e uma política para a representação discente nos colegiados.

Igor denunciou a possibilidade de corte de 30% nas bolsas da Capes e apontou para o futuro ao fim de sua fala. “Somos capazes juntos. Façamos história agora para que nos próximos anos a universidade seja mais plural, inclusiva e colorida”, conclamou.

Embates
Em suas falas os representantes das entidades lembraram de importantes batalhas e lutas travadas através dos anos e a necessidade de mais um novo embate diante das ameaças do governo Bolsonaro como perda maior da autonomia, corte de verbas e fim da estabilidade do servidor com a reforma administrativa. Para reforçar a importância da unidade das entidades foi enaltecida iniciativa do Fórum de Mobilização e Ação Solidária.

Mais homenagens
A UFRJ também homenageou os servidores através de dois representantes da categoria, Roseli Frochgarten (Sibi) e Ivan Hidalgo (Secretaria de Órgãos Colegiados). Não houve como não conter a emoção.

“É uma honra e um privilégio fazer parte da UFRJ”, declarou Roseli com voz embargada.

“Esta homenagem é para muitos Ivans na UFRJ. Para aqueles que já tivemos, temos e teremos”, disse com lágrimas nos olhos o funcionário que em junho do ano que vem completará 50 anos de UFRJ.

“Sem todos nós unidos seríamos mais fracos”, declarou a reitora Denise Pires.

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