Vacinas : cientista da UFRJ defende debate sobre quebra de patente

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O cientista Amílcar Tanuri, chefe do Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, o primeiro servidor da universidade a ser vacinado, defendeu a inclusão do debate sobre quebra de patentes diante das dificuldades de obtenção de vacinas e insumos no mercado mundial.

“Eu acho importante que houvesse uma discussão mundial para poder quebrar patentes em situação de pandemia, para produzir a vacina”, disse Tanuri. Nesta situação, para ele, a patente bloqueia a iniciativa de se fazer vacinas ou produzir mais doses da vacina.

“O problema nosso é estar à mercê de grupos internacionais para fornecer a base dos insumos que a é a IFA”, concluiu Tanuri.

Para o cientista, o Brasil tem condições de produzir sua vacina. Mas falta decisão política e financiamento de grupos privados em colaboração coo universidade para montar uma unidade industrial que consiga fabricar as vacinas de (etapas) A a Z (do início ao fim do processo de produção).

Um dos insumos necessários à vacina é o IFA (Ingrediente Farmacêutico Ativo) ou o princípio ativo da vacina, que estimula a resposta imunológica do corpo evitando que, ao entrar em contato com o novo coronavírus, adoeça gravemente. Se fosse fabricado aqui, o país já estaria produzindo as doses necessárias para continuar a campanha.

Primeiro a ser vacinado

VIROLOGISTA TANURI. O professor da UFRJ, 62 anos, foi o primeiro servidor vacinado na UFRJ

O primeiro servidor da UFRJ vacinado é um cientista de prestígio na UFRJ, referência nacional em virologia, e chefe do Laboratório de Virologia Molecular do Instituto de Biologia da UFRJ. Amílcar Tanuri, 62 anos, que coordena pesquisas sobre testagens e um projeto inovador de vacina contra a Covid-19.

“Me sinto ótimo. Falei para todos. Essa é uma vitória de todo mundo que tem que se comemorar. É um dia de vitória, um dia de vacina e um dia da vida. Depois de tanta coisa, para mim foi uma honra ser a primeira pessoa da UFRJ e, depois, para dar o exemplo. Todo mundo tem que se vacinar”, comemorou, alertando, no entanto que é preciso continuar com as medidas de prevenção, como o uso de máscaras e evitar aglomeração.

Ele lembra ainda que a vacina é importante não apenas sob o aspecto pessoal mas também para a comunidade (a imunidade coletiva), e reitera que tomar a vacina é uma responsabilidade assim como continuar usando mascas e não aglomerar, dando exemplo para outras pessoas.

 

 

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